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BALANÇO DE 2017

Ararath já restituiu R$ 157 milhões ao erário, aponta MPF; 45 investigações seguem em 2018

13 Dez 2017 - 10:11

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Polícia Federal

Polícia Federal

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta semana o balanço de 2017 da "Operação Ararath". A maior investigação já feita na história de Mato Grosso chega à sua 12ª fase restituindo R$ 157 milhões aos cofres públicos. Outros 45 inquéritos seguem em andamento.

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Os dados foram destaque da reportagem “Mapa da Corrupção”, elaborada pela própria MPF e divulgada nesta segunda-feira (11). Segundo o órgão federal, já foram bloqueados R$ 300 milhões em bens dos investigados e réus das 28 ações penais abertas na Justiça Federal em Mato Grosso, dos quais R$ 157 milhões já retornaram ao erário.
 
Outras 45 investigações seguem em andamento e a tendência é que outras sejam instauradas em 2018, com a delação premiada do ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, “que passou 21 meses preso acusado de crimes contra a administração pública”, aponta o MPF.
 
A “Operação Ararath” é produto de uma atuação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal, e investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro – cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 12 de novembro de 2013, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, principal nome das investigações, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.

Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo.
 
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