Por R$ 642 mil a rede de farmácias Droga Chick vendeu ponto comercial localizado na Rua Pedro Celestino, no Centro de Cuiabá, como parte de seu processo de recuperação judicial. A magistrada Anglizey Solivan de Oliveira, da Primeira Vara Cível de Cuiabá, deverá ainda autorizar a alienação do bem. A empresa enfrenta recuperação desde 2015, com dívida estimada em R$ 9,6 milhões.
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Conforme os autos, a Droga Chick requer autorização do juízo para alienação direta de ponto comercial localizado na Rua Pedro Celestino n.º 10, Centro, Cuiabá, com o escopo de quitar a dívida no valor de R$ 642.000,00, contraída pós-recuperação judicial junto ao investidor Carlos Henrique Kara José.
Para realizar a compra, o investidor fez cinco transferências, sendo a sexta parcela, de R$ 50 mil, paga por meio de cheque. Entretanto, para o Ministério Público Estadual (MPE), não ficou devidamente esclarecida à origem deste cheque. O que necessita de maiores explicações.
No bojo da decisões, o administrador judicial solicitou ao juízo que a devedora preste esclarecimentos sobre a propriedade de um imóvel residencial localizado no bairro Miguel Sutil; de uma sala comercial, situada na Avenida Isaac Póvoas e de um lote de terreno localizado na Rua Domingo José Martins (proximidades da Avenida Isaac Póvoas).
Formado por seis lojas distribuídas pela Capital, o grupo Droga Chick atua no segmento de varejo de remédios desde 1987 e também atribui a dívida às dificuldades em disputar mercado com outros empreendimentos. Segundo a companhia, os concorrentes atuam de maneira desleal, vendendo seus produtos abaixo do preço de custo, e inviabilizando a margem de lucro.
A recuperação abrangerá as empresas Drogaria Droga Chick Ltda., Drogasarah Medicamentos Ltda. Epp, Maxmed Medicamento e Perfumaria Ltda. Epp, Chick Prime Drogaria Ltda. Epp, C.H.K. Drogaria Ltda.-ME e DJ Drogaria Ltda.-ME.
A recuperação judicial é uma medida tomada a fim de evitar a falência de uma empresa. Pedida quando a corporação perde a capacidade de pagar suas dívidas, ela serve como meio para reorganização dos negócios. A norma é abordada no capítulo três da lei Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE), de 2005. Por meio dela a empresa mantém sua produção, o emprego dos trabalhadores e os interesses dos credores.
