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Sábado, 20 de abril de 2024

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DECISÃO

Desembargador nega retirada de tornozeleira instalada em Alan Malouf

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Desembargador nega retirada de tornozeleira instalada em Alan Malouf
O desembargador Rondon Bassil, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, manteve no dia 15 de dezembro a tornozeleira eletrônica instalada no empresário Alan Malouf, condenado em outubro a 11 anos de reclusão pela acusação proveniente da Operação Rêmora, na fase denominada Grão Vizir. Segundo a Justiça, Malouf participou de fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
 
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Os advogados do empresário argumentavam que não era mais necessário a utilização de tornozeleira. Medida cautelar como comparecimento mensal em juízo seria, conforme a defesa, suficiente. Malouf destacou ainda que já foi sentenciado em um dos processos.
 
Em sua decisão, Bassil destacou que ainda restam instruções em duas ações provenientes da operação Rêmora. O monitoramento seria necessário para garantir o correto andamento processual.

O caso
 

Na Grão Vizir, o Ministério Público denunciou Alan Malouf e Edézio Ferreira da Silva. Ambos responderam pelos crimes de Organização Criminosa. Malouf foi denunciado também por corrupção passiva (19 vezes).
 
O processo foi montado após depoimentos do empresário Giovani Guizardi, alvo da 1ª fase da Rêmora e, sobretudo, como base na delação premiada realizada pelo empreiteiro.
 
Em depoimento aos agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), o colaborador revelou que o esquema tinha como objetivo principal “ressarcir” Malouf em R$ 10 milhões aplicados na campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014. 
 
Ele foi qualificado como membro do núcleo de lideranças da organização criminosa e um dos principais beneficiários do esquema de propina.
 
Já Edézio foi denunciado por atuar diretamente para a organização. Guizardi revelou que, entre outras coisas, ele acompanhava o pagamento às empresas que aceitavam participar do esquema para, posteriormente, ser feita a cobrança da propina. Além disso, era responsável por depositar dinheiro para alguns beneficiários do esquema.
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