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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

​denúncia do MP

Contrato de médica envolvida na morte de prefeito teria sido assinado pela própria vítima

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Contrato de médica envolvida na morte de prefeito teria sido assinado pela própria vítima
A médica Yana Fois Coelho Alvarenga, denunciada por envolvimento direto na execução do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, 61 anos, teve seu contrato de prestação de serviço assinado provavelmente pela própria vítima. A informação consta da denúncia oferecida pelo Ministério Público em desfavor dela, que é esposa de Antônio Pereira Rodrigues Neto, denunciado como principal mandante e executor do crime. Ele teria matado Esvandir com a ajuda dos comparsas Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva.
 
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O MP destaca na denúncia que o contrato de Yana Fois foi assinado a despeito de ter sido proferida decisão liminar, em Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público, que “proibia a terceirização em contrariedade às disposições legais e sem que fosse observada a regra constitucional do concurso público”.
 
Yana Fois Coelho Alvarenga, segundo aponta o MP, foi quem ligou Antônio Pereira Rodrigues Neton a Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva. O marido da médica é empresário no município e teria oferecido R$ 5 mil a cada um dos comparsas para auxiliarem-no. Após o assassinato, Yana teria dado ordens a um irmão de Antônio, um garoto de 15 anos, para que ele pegasse o trio com um carro diferente do usado no crime para despistar a polícia.  
 
“Não se pode olvidar que como médica, quando tomou conhecimento dos fatos deveria agir para salvar a vida das vítimas. Porém, agiu ao revés: providenciou não só a fuga dos executores, entregando o veículo à adolescente e, ainda, fez toda a ponte necessária para que seu companheiro os conhecesse e buscasse para que executassem a infração penal”, sustenta o MP.
 
Para o órgão ministerial, a prisão de Yana, bem como a do trio de executores, precisa ser mantida em nome da ordem pública, principalmente levando-se em consideração  repercussão social causada pela conduta dos autores do crime, relacionada à possibilidade de reiteração criminosa; e a periculosidade dos envolvidos, evidenciada no modus operandi da conduta ilícita. “A gravidade do crime, não apenas abstrata, mas no caso em concreto, é patente e se extrai do modus operandi dos denunciados”, argumenta.
 
O crime

O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade.
 
O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro.
 
Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
 
A prisão
 
Antônio, Zenilton, e Welisson fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados a cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da  Regional da Polícia Civil de Juína, que auxiliou as investigações. Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie.
 
O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
 
Foram usadas quatro armas de fogo no crime, mas somente um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontrados dentro de uma bolsa deixada no mato, pela Polícia Militar. As armas estavam a cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa.
 
Duas pistolas, que segundo as informações levantadas, também foram usadas, teriam sido jogadas dentro de um rio.
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