Silval da Cunha Barbosa continua firme em suas acusações. Ciente do prêmio que recebeu por delatar, o ex-governador de Mato Grosso faz questão de combater os incriminados que tentam destruir seu acordo. Um destes personagens é o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).

Barbosa, porém, respeita as estratégias das defesas que tentam espernear diante dos fatos.
 
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Filmado recebendo maços de dinheiro prontamente distribuídos pelos bolsos de seu paletó, Emanuel tentou ainda em 2017 anular o acordo de delação.

O argumento utilizado afirmava que as imagens estavam fora de contexto. O crime de corrupção que parecia claro era em verdade parte da estratégia de Silval para escapar de condenações.
 
Nesta terça-feira (16), quando compareceu à Corregedoria Geral do Estado para continuar depoimentos sobre esquemas criminosos durante gestão no Poder Executivo, o ex-governador não partiu para o combate. Mas rebateu o prefeito.
 
“Todo mundo tem o direito de defesa. Se ele achou que aquilo [tentar anular a delação] era uma estratégia para se defender...  É um direito da assessoria jurídica dele”.
 
O pedido de Emanuel que buscava pela rescisão da delação premiada foi negado no Supremo Tribunal Federal ainda em novembro de 2017.

Decisão do ministro Luiz Fux considerou que acordo colaboração premiada, por se tratar de negócio jurídico personalíssimo, não pode ser impugnado por aqueles eventualmente imputados pelo colaborador.
 
Além de respeitar a estratégia de defesa de Pinheiro, Silval repetiu não querer culpabilizar quem não mereça.
 
“Eu estou preocupado neste momento em colaborar com a Justiça. Em relatar todos os fatos. Não quero fazer calunia de ninguém. Cada um assume a responsabilidade daquilo que foi praticado de irregular”, concluiu.