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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Bereré

Em delação, 'Dóia' afirma ter sido ameaçado ao tentar reduzir propina em esquema no Detran

Foto: Reprodução

Em delação, 'Dóia' afirma ter sido ameaçado ao tentar reduzir propina em esquema no Detran
O documento do Ministério Público Estadual (MPE), que pedia a prisão preventiva dos 49 investigados na ‘Operação Bereré’, revela que o ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o “Dóia”, teria sido ameaçado pelo porta-voz do deputado estadual Mauro Savi (PSB), o servidor da Assembleia Legislativa, Dauton Luiz Santos Vasconcelos. ‘Dóia’ teria sugerido um aumento no repasse que era feito ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

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“[...] Dauton Luiz Santos Vasconcelos, atuando em nome de Mauro Savi, ameaçou Teodoro de ser destituído do cargo”, diz trecho do documento. ‘Dóia’ diz se lembrar que tentou aumentar os repasses para o Estado dos valores recebidos pela FDL, oportunidade em que foi visitado por Dauton.
 
No encontro, Dauton fez ameaças e deu a entender que o deputado Mauro Savi iria retirar o apoio político de ‘Dóia’ e destituí-lo do cargo.
 
Bereré
 
Durante a operação, mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (PSB). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), é outro investigado.
 
A ação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto  esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.
 
Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.
 
Mauro Savi
 
O deputado estadual Mauro Savi (PSB) fez questão de deixar bem claro que não se intimidou com a operação Bereré, deflagrada na segunda-feira (19) pela Delegacia Fazendária (Polícia Civil do Estado de Mato Grosso) e Gaeco (Ministério Público). Em tom de “recado”, ele afirmou que irá manter sua independência nas CPIs que investigam o MP e desvios de recursos dos fundos pelo Governo de Mato Grosso.
 
“Eu sei que não é novidade nenhuma, mas vou deixar bem claro àqueles de plantão que estão torcendo, eu não tenho medo nem dessa CPI [das Pedaladas] e nem da [CPI] do MP e vou continuar, sim, à frente, votando com as minhas convicções, respeitando a todos, mas sem medo nenhum”, desabafou, durante reunião da comissão que investiga possível desvio em recursos de fundos pelo Governo do Estado, a qual é presidente.
 
Savi fez questão de lembrar que exerce mandato na Assembleia Legislativa pela quarta vez, sendo atualmente o parlamentar mais votado do Estado de Mato Grosso. “Ainda tenho um mandato para terminar e vou terminar ele olhando nos olhos das pessoas”, afirmou.
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