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PF aponta divergência em assinaturas de ata de convenção que garante Medeiros no Senado

06 Mar 2018 - 08:53

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

PF aponta divergência em assinaturas de ata de convenção que garante Medeiros no Senado
Perícia realizada pela Polícia Federal (PF) aponta divergência na assinatura da ata da convenção que definiu a chapa que elegeu Pedro Taques (PSDB) ao Senado, em 2010. O exame grafotécnico detectou divergência na assinatura de Paulo Fiuza, segundo suplemente de Taques e sucessor de José Medeiros, atual ocupante do cargo em Brasília. 

O exame grafotécnico é uma ciência que tem por objetivo verificar a autenticidade ou a falsidade material de uma assinatura ou texto manuscrito. O laudo foi assinado pelos peritos José Roberto Riston e André Neves Campos.

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Neste estudo, a PF verificou a originalidade da assinatura de todos os signatários da “Ata de Deliberação da Coligação Mato Grosso Melhor Pra Você - PSB, PPS, PDT e PV", que patrocinou a campanha de Pedro Taques ao senado, em 2010.

A perícia concluiu pela convergência (originalidade) de quase todas as assinaturas daquela ata. Entretanto, sete delas chamaram a atenção da PF, com destaque para a do então candidato a segundo suplente: "Predomínio de divergências no lançamento questionado comparado aos padrões de Paulo Pereira Fiúza Filho”.

Divergências também foram constatadas nas rubricas dos seguintes signatários: José Marques Braga, Francisco Wagner Lopes Simplício, José Carlos Dorte, Otaviano Pivetta, Aluízio Leite Paredes e José Roberto Stopa.

Segundo o documentos, as tais "divergências" caracterizam-se por variações nas "gêneses, calibres e dinamismos (maior no padrão), na quantidade de laçadas horizontais, além de retoques e momento de parada na assinatura", o que pode indicar que elas (embora remetam ao mesmo signatário) podem ter sido feitas por pessoas distintas.  

Contexto: 

A ação, que corre na Justiça Eleitoral, sob comando do juiz Ulisses Rabaneda, foi impetrada em 2010  pelo ex-deputado Federal Carlos Abicalil (PT), terceiro colocado nas eleições ao Senado, ficando logo atrás de Pedro Taques.

Ainda em 2010, antes de Abicalil impetrar a ação, a coligação que elegeu Pedro Taques chegou a ingressar com um pedido junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para trocar a ordem das suplências. O fato aconteceu após José Medeiros e Fiúza brigarem através da imprensa.

Em 2010, o então presidente regional do PSB, Valtenir Pereira, endossou a tese de que houve falsificação na assinatura da ata. Conforme disse ao Olhar Direto naquele ano, ele nunca teria assinado uma ata em que Paulo Fiúza fosse o segundo suplente. 

O outro lado:

Ao Olhar Jurídico, assessoria de José Medeiros (Podemos-MT) afirma que desconhece "fraude" e que apenas houve divergência na assinatura de Fiuza. O senador diz estar "tranquilo" e "confiante na justiça". Ainda, afirma que à época em que se colocou como Primeio Suplente, jamais acreditavam que Taques fosse vencer ao senado e que tão somente depois que o tucano assumiu o governo do Estado que a questão voltou à tona.

* com informações de Mídia News.
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