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OPERAÇÃO BERERÉ

MP estuda desencadear segunda fase da 'Operação Bereré'

08 Mar 2018 - 16:26

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

MP estuda desencadear segunda fase da 'Operação Bereré'
O procurador-geral de Justiça Mauro Curvo declarou desta quinta-feira (08) que se aproxima uma segunda fase da "Operação Bereré, que investiga um esquema de desvio milionário no Detran-MT. "A situação está longe de acabar”, adiantou o chefe do Ministério Público Estadual (MPE).

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"O que podemos dizer é que estamos ainda no início, por que quando há uma delação, cabe ao MP comprovar a veracidade ou não daquilo. Então é ai que se inicia realmente uma investigação. Ainda estamos nesta fase de apuração, já temos muita provas. documentais. Existe, por exemplo, situação de pessoa que deu 500 cheques para outro lavar dinheiro. Então, é uma situação em que temos muitas provas e, com toda certeza, todas as provas serão obtidas”, avaliou o chefe do MPE à rádio Capital FM, na manhã de quinta-feira (08).

Curvo ainda citou uma segunda fase da Bereré. “Daqui a pouco, pode ter certeza, que teremos pessoas denunciadas e, da nossa parte, as providências serão tomadas. A gente não sabe quanto tempo vai levar para desencadear uma segunda fase da operação. Não temos como dizer e mesmo se soubessemos não iriamos avisar, por óbvio, mas vai ter. A situação está longe de acabar”, finalizou.

Ao final da entrevista à rádio, o chefe do MP rebateu queixas no sentido de que haveria interesses políticos envolvidos na Bereré. “Temos provas robustas de que houve desvio de dinheiro público oriundo do Detran e estamos investigando esse fato. É bom a gente entender que o MP não investiga pessoas, investiga fatos e esses fatos é que vão levando às pessoas. Muitas vezes, quando essas pessoas se veem investigadas, elas se sentem, naturalmente, incomodadas”, disse.

"Houve um desvio":

Ao Olhar Jurídico, na tarde de hoje (08), durante a 2ª Marcha de Prefeitos de Mato Grosso, Curvo aprofundou a questão. "Estas novas fases serão os desdobramentos destas provas obtidas nas buscas e apreensões, e oitiva de mais pessoas envolvidas. É uma investigação que ainda está no seu início, mas que já tem bastantes provas que demonstram aquilo que a imprensa já andou publicando, que houve um desvio lá traz, houve pagamento de propina na concessão de um serviço público, que a nosso ver, nem precisaria ser concedido. Poderia ser feito pelo próprio Poder Público aquilo que foi concedido à empresa".



Operação Bereré:

Durante a operação, mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (PSB). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), é outro investigado.
 
A ação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto  esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.
 
Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.
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