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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Juiz vê 'prisão em flagrante ilegal' e liberta suposto membro de facção em vídeo de tortura

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Juiz vê 'prisão em flagrante ilegal' e liberta suposto membro de facção em vídeo de tortura
O juiz da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, Josias Augusto Veras Gadelha, concedeu liberdade ao comerciante Josias Moreira dos Santos, preso por suspeita de participar de um vídeo de tortura a mando de facção criminosa. A decisão foi proferida  na tarde desta quinta-feira (22), durante audiência de custódia.

Em sua decisão, o juiz considerou ilegal a prisão, uma vez que o indiciado não se encontrava em estado de flagrância.

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“Cuida-se de comunicação da prisão em flagrante de Josias Moreira dos Santos, suspeito de fazer parte da Organização Criminosa autodenominada Comando Vermelho. Observo que a Autoridade Policial que lavrou o flagrante não tipificou o crime, em tese, praticado pelo indiciado e tampouco o especificou na nota de culpa. Verifico, na sequência, que a prisão em flagrante foi ilegal, uma vez que o indiciado não se encontra em estado de flagrância”, diz trecho da decisão.
 
O advogado do suspeito, Leandro Henrique de Souza Neves, sustenta que os aspectos físicos observados no vídeo não condizem com os de Josias. A filmagem circulou nas mídias sociais no início deste mês. Pelas imagens, verifica-se um individuo gordo, com barba e cavanhaque, usando camisa branca listrada de manga curta e botões.

No dia da prisão, entretanto, Josias estava de cabelos raspados, barba feita e sem cavanhaque.  
 
A defesa assevera que o indiciado foi preso em um lava-jato de sua propriedade. Na ocasião, ele não realizava nenhuma ação que fizesse supor que ele integrasse a facção Comando Vermelho.
 
Prisão
 
Josias Moreira foi preso terça-feira (20) no residencial São Benedito, em Várzea Grande, numa operação conjunta do 2º Comando Regional e Força Tática da Polícia Militar do município. Ele foi conduzido à Central de Ocorrências da Polícia Civil no e depois para a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investiga a atuação do grupo criminoso.
 
A polícia passou a investigar o caso a partir das imagens de crimes de tortura e lesões corporais contra a vítima Lucas Maia de Souza, conhecido como Magrinho ou Magrão, cometidos a mando de uma organização criminosa. O vídeo circulou em mídias sociais no início deste mês. Na ocasião, os criminosos cessaram os atos ao perceberem que uma viatura de policia estava aproximando-se do local, e saíram correndo com a câmera ligada, filmando outros envolvidos.
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