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Alvo na Bereré

Nininho diz que ficou sabendo de esquema no Detran pela mídia e se diz vítima da "Bereré"

02 Abr 2018 - 15:30

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Deputado Nininho na sede do Gaeco

Deputado Nininho na sede do Gaeco

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o ‘Nininho”, (PSD) esteve na tarde desta segunda-feira (2) na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) prestando esclarecimentos sobre seu suposto envolvimento em desvios ocorridos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), apontados nas investigações da operação ‘Bereré’ .

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À imprensa, antes de prestar seu depoimento, Nininho afirmou ter sido vítima e que está sendo investigado por conta de um cheque no valor de R$ 1 mil que seu ex-chefe de gabinete Tschales Franciel Tschá depositou em sua conta.  

“Estou sendo acusado de uma transferência que foi feita de R$ 1 mil em minha conta. A transferência foi feita pelo meu ex-chefe de gabinete que buscou empréstimo em uma factoring e transferiu este cheque de terceiro de R$ 1 mil da conta dele para minha”, disse o parlamentar.

“Se trata de um fato que envolveu mais de 200 pessoas que foram vítimas da circulação desse recurso e eu como muito dos outros fui vítima de ter passado R$ 1 mil para minha conta e agora vou esclarecer. Não tinha conhecimento deste esquema no Detran, fiquei sabendo pela mídia”, afirmou.

O ex-assessor do deputado, Tschales Franciel chegou a depor ao Gaeco, confirmando ter recebido e sacado valores repassados por Claudemir Pereira dos Santos, sócio da Santos Treinamento, empresa envolvida no esquema.

Além de Nininho, também estão sendo investigados na operação os deputados Eduardo Botelho (DEM), Mauro Savi, (DEM), Baiano Filho (PSDB), Wilson Santos (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB) e José Domingos Fraga (PSD).

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), o ex-deputado federal Pedro Henry também está entre os envolvidos, e assim como Nininho prestará esclarecimentos ao Gaeco nesta tarde.

A operação Bereré é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.Dentre os supostos crimes cometidos estão organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.
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