O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) interrogará mais 18 pessoas no âmbito da “Operação Bereré”, que o investiga por formação de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito em Mato Grosso (Detran). Dentre eles, Francisvaldo Mendes Pacheco, ex-chefe de gabinete do deputado Estadual Romoaldo Junior.

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Francisvado Pacheco chegou a ser preso por decisão da Sétima Vara Criminal em consequência da “Operação Filhos de Gepeto”, acusado da prática dos crimes de constituição de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

A "Filhos de Gepeto", denominação para a segunda fase da "Operação Ventrícolo", desbaratou organização criminosa que teria roubado dinheiro público no montante de R$ 9.480.547,69 da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Se interrogado pelo Gaeco no próximo dia 11, será o segundo assessor de Romoaldo Junior a ser interrogado, além do próprio deputado. O que aumenta as suspeitas contra o parlamentar. 

O deputado é investigado por um cheque no valor de R$ 33 mil que foi repassado ao seu chefe de gabinete, Valdemir Leite da Silva. Em depoimento ao Gaeco, o servidor da Assembleia Legislativa confirmou ter trocado um cheque do empresário Rafael Yamada Torres, sócio da Trimec Construções e Terraplanagem. Rafael é apontado como uma das pessoas responsáveis pela lavagem do dinheiro desviado.

Questionado, o parlamentar disse que o cheque não chegou até ele e que os pagamentos das contas do gabinete eram feitas pelo Valdemir Leite, que já prestou esclarecimentos e aguarda a microfilmagem para recordar de onde veio o cheque.

“Nunca nem passei nem perto do Detran, só fui lá para fazer carteira de motorista. Tanto que me dispus a vir o mais rápido possível até para esclarecer. Não tenho nada a ver com essa história. Só fiquei sabendo desse cheque agora. Até o próprio Gaeco sabe que não estamos envolvidos nisso”, disse o parlamentar a imprensa ao chegar na sede do Ministério Público.

Filho de Mauro Savi:

Também deverá ser interrogado Marcelo Savi, filho do deputado Mauro Savi (DEM). O deputado é um dos alvos da ‘Bereré’. Ele seria a pessoa que "comandava" o Detran na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

A informação foi revelada pelo próprio Silval em sua delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto do ano passado.

Segundo um dos depoimentos do ex-governador havia um acordo político e a indicação para comandar o Detran era efetuada pelo PR, através do deputado Mauro Savi. Silval também revelou que o parlamentar tinha poder máimo na instituição, inclusve o de indicar presidentes.

“No governo do colaborador o deputado Mauro Savi era quem comandava o Detran, inclusive sendo ele a pessoa responsável pela nomeação do Presidente do Detran”, diz um trecho de um dos depoimentos da delação do Silval.

Os 18 interrogados: