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Juiz acata decisão do TJ e cancela interrogatório de coronéis e cabo da PM na 'Grampolândia'

09 Abr 2018 - 09:31

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Juiz acata decisão do TJ e cancela interrogatório de coronéis e cabo da PM na 'Grampolândia'
O juiz da 11ª Vara de Justiça Militar de Cuiabá, Murilo Moura Mesquita, acatou decisão do desembargador Luís Ferreira da Silva, 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e suspendeu o interrogatório dos militares, que estava marcado para esta segunda-feira (09).

Trata-se da ação penal que oriunda da "Grampolândia Pantaneira" e que investiga cinco militares supostamente envolvidos no esquema durante o atual governo. O pedido de suspensão temporária foi solicitada pela defesa do cabo da Polícia Militar Gérson Corrêa Júnior.

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A informação foi inserida aos autos no último dia 06, em mensagem enviada às partes. "Por determinação do MM. Juiz de Direito da 11ª Vara Criminal - Justiça Militar e Audiência de Custódia, Dr. Murilo Moura Mesquita, informo a Vossa Excelência que tendo em vista a decisão do Tribunal de Justiça nos autos da Exceção de Suspeição nº 18842/2018, que suspendeu o andamento da Ação Penal supramencionada, a sessão designada para o dia 09.4.2018, foi cancelada". 

A defesa requereu a suspeição dos juízes militares Luiz Claudio Monteiro da Silva e Valdemir Benedito Barbosa (que integram Conselho de Sentença) e solicitou que a ação fosse suspensa até que o mérito desse pedido fosse avaliado.

O pedido já havia sido feto e negado pelo magistrado, que em nova análise o magistrado acrescentou que há a possibilidade de paralisar a ação, no caso de prosseguir até o julgamento do mérito.

“Como é cediço, as medidas cautelares destinam-se apenas a garantir a eficácia ou o resultado útil de um processo de conhecimento ou de execução, os quais servem à solução do litígio entre as partes e à efetiva prestação jurisdicional”, disse.

Grampolândia
 
Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
 
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.

São réus no processo o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco , ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, coronel Januário Batista; e o cabo Gérson Correa Júnior.
 
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