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Sábado, 20 de abril de 2024

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Empresário preso pela Defaz pagou R$ 6 milhões de propina a Chico Lima, segundo Silval

Foto: Olhar Direto

Eder Augusto Pinheiro Junior chegando na Defaz

Eder Augusto Pinheiro Junior chegando na Defaz

Em delação premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-governador Silval Barbosa informou à procuradora da República Vanessa Cristina Marconi Zago ter o conhecimento de fraude na concessão de transportes e que o empresário Eder Augusto Pinheiro Junior, proprietário da empresa Verde Transporte, teria pago R$ 6 milhões de propina ao ex-procurador do estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o ‘Chico Lima’.

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No depoimento do dia 15 de maio de 2017 colhido na Procuradoria da República, o ex-governador disse que quando assumiu o governo, em 2010, havia um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Estadual (MPE) obrigando o estado licitar todas as linhas rodoviárias intermunicipais entre as empresas interessadas.

O ex-governador também disse que o processo licitatório foi conduzido pela Agencia de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), acompanhado pelo ex-vice-governador Chico Daltro.

Ainda em seu depoimento, Silval revelou que no último ano de seu mandato, o assunto foi discutido novamente na Casa Civil, em razão da iniciativa do sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Sintromat). Ele também diz ter pedido para que Chico Lima fizesse um estudo e preparasse o parecer favorável.

O decreto elaborado por Chico Lima e assinado pelo ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf foi entregue à Silval dias depois, conforme sua delação. O ex-governador afirmou ter assinado e que nos dias seguintes recebeu muitas críticas da imprensa e do então Procurador-Geral do Estado, Jenz Prochnow Júnior.

Alegando não entender o motivo das críticas, Barbosa disse ter procurado por Chico Lima, que confirmou ter feito o decreto em razão de um acordo de pagamento de propina que havia firmado com o empresário Eder Pinheiro, pessoa que representou todas as empresas do ramo de transportes e propôs o pagamento de R$ 6 milhões parcelado em 60 vezes.

Por fim, Silval Barbosa afirmou não ter aceitado as notas promissórias que Chico Lima propôs dividir com ele e que apenas pediu para que o ex-procurador pagasse algumas contas de seu grupo político no valor de R$ 200 mil.

O empresário Eder Pinheiro foi um dos presos na operação deflagrada pela Delegacia Fazendária na manhã desta quarta-feira (25). Também foram detidos o presidente do Sintromat, Julio Cesar Sales Lima, além de Max Willian. O ex-presidente da Ager, Eduardo Moura é um dos alvos de busca e apreensão. 
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