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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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ESPERA ATENDIMENTO

Mesmo com decisão, menino de 11 anos com aneurisma espera há seis dias por vaga de UTI

Foto: Ivan de Jesus/Centro América FM

Luiz Fernando Batista Alves Júnior

Luiz Fernando Batista Alves Júnior

Três dias após conseguir liminar na Justiça para ser levado para uma Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) e cinco dias após o diagnóstico de aneurisma cerebral, Luiz Fernando Batista Alves Júnior, 11 anos, morador do bairro São João, em Barra do Garças (521 km de Cuiabá), ainda espera por atendimento num quarto do Hospital Municipal Milton Pessoa Morbeck, sem que sua família tenha qualquer informação sobre se ele conseguirá.

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A determinação judicial veio depois que a defensora pública Kamila Lima, entrou com pedido de liminar numa ação ordinária, com obrigação de fazer, contra o Estado e o Município, na noite de sexta-feira (27/4). O Estado e o município foram intimados às 20h59 do mesmo dia, mas até a noite desta segunda-feira (30/4), a determinação do juiz de plantão Michell da Silva, não havia sido cumprida.
 
A defensora informa que ficou a tarde desta segunda-feira em busca de uma UTI para o garoto, sem sucesso, e afirma que o caso é grave.

“Entramos em contato com todos os hospitais de Cuiabá e de outros municípios maiores e nenhum deles tem vaga em UTI pedriátrica, com neurocirurgião. Já estamos procurando em Goiânia (GO), pois ele precisa passar por uma avaliação de um neurocirurgião que poderá indicar o tratamento, se operação, se tratamento medicamentoso. E até agora essa criança aguarda na fila por esse atendimento. Mesmo diante da gravidade do caso, o Estado não indicou a vaga”, lamenta.
 
Kamila explica que, diante do descumprimento da ordem judicial, tentou entrar com pedido de bloqueio no valor de R$ 150 mil do Estado, mas o bloqueio só é possível durante o expediente bancário. “Caso eles não resolvam, vou entrar com o pedido de bloqueio na quarta-feira. Pois a gravidade do caso não encontra ressonância no tempo e na resposta do Estado”.

Ela conta que foi procurada pela mãe de Fernando, Dorian Lopes Souza, na sexta, depois que o hospital comunicou que não havia vaga de UTI para a criança. “Ela disse que o filho reclamou de fortes dores de cabeça e que esse sintoma foi seguido de vômitos na quinta-feira (26). Ao levar ele para o Pronto Socorro, os médicos detectaram que ele estava tendo hemorragia cerebral moderada e o internaram para aguardar uma vaga de UTI. Mas até o momento, não conseguimos, mesmo após determinação da Justiça. Enquanto isso, o quadro dele pode se agravar, inclusive, com risco de óbito se não tiver tratamento adequado, que é o que está acontecendo”, explica.

A mãe de Fernando ainda informou que o filho sofreu uma queda há três anos e que suspeita que ela tenha deixado sequelas. Ela está desempregada e não tem a quem pedir auxílio, que não ao Estado. E apela a quem puder ajudar o filho, que entre em contato pelo telefone(66) 99681 6375.
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