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AGOSTO DE 2016

Comerciante acusado de auxiliar assassinato de PM no CPA vai à júri

03 Mai 2018 - 15:30

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

André, irmão do réu, foi morto pouco tempo após o crime.

André, irmão do réu, foi morto pouco tempo após o crime.

A juíza da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, Monica Catarina Perri Siqueira, agendou para às 9h de 26 de junho o Tribunal de Júri que decidirá o destino de Carlos Alberto de Oliveira Júnior (vulgo Juninho), de 31 anos, por homicídio qualificado do policial militar Élcio Ramos, de 29 anos, no Bairro CPA III, em Cuiabá, em 02 agosto de 2016.

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De acordo denúncia, apesar de o acusado não ter desferido os disparos, ele imobilizou o outro policial, criando as condições para que o irmão, André Luiz Alves de Oliveira, atingisse a vítima.

Juninho também foi denunciado por tentativa de homicídio contra o policial Wanderson José Saraiva, já que não teria obedecido a ordem de prisão dada pelos policiais e entrado em luta corporal. 

A decisão da magistrada em agendar para este mês o julgamento foi proferida no último dia 25. Na ocasião, também rejeitou o pedido do réu de retirada da tornozeleira eletrônica, mas concedeu extensão do horário de recolhimento noturno do acusado para às 23h, tendo em vista o interesses nos estudos. O réu ganhou liberdade provisória em dezembro do ano passado.

O caso:

Consta no inquérito, que o acusado tentou sacar a arma contra o policial e só não teria realizado os disparos por não ter conseguido manejá-la durante a luta e por ter recebido o suporte de outros policiais que monitoravam a ação. Ele responderá, também, por posse ilegal de arma.

Os policiais militares Élcio Ramos Leite e Wanderson José Saraiva atuavam no setor de inteligência do 24ª Batalhão da Polícia Militar, no Bairro São João Del Rey. De acordo com as investigações da Polícia Civil, eles foram designados para obter informações sobre a comercialização ilegal de armas de fogo na região do CPA. E o denunciado Carlos Alberto Oliveira Junior e seu irmão André Luiz Alves de Oliveira estariam usando grupos formados através do aplicativo "WhatsApp" para oferecer à venda uma arma de fogo, tipo revólver, calibre 38, numeração 386944.

No dia 02 de agosto, por volta das 14h, os policiais militares Élcio e Wanderson José, a paisana, marcaram encontro com Carlos Alberto próximo ao terminal do CPA II, se dizendo interessados em adquirir a arma. Uma operação foi montada para dar suporte aos dois policiais caso o crime fosse constatado e a prisão em flagrante tivesse de ser realizada.

Do terminal, o denunciado seguiu com Elcio e Wanderson até sua residência, onde funciona uma distribuidora de água, no CPA III. Lá, o policial Wanderson percebeu que Carlos Alberto estava com uma arma na cintura e se recusou a entrar no quintal e na residência. Nesse momento, Carlos Alberto agiu com violência na tentativa de obrigar o policial a entrar, foi quando entraram em luta corporal. Nesse momento, André Luiz Alves de Oliveira, irmão de Carlos, que estava dentro de casa sacou de um revólver e foi dar apoio ao irmão, apontando a arma para o policial Elcio, o atingindo com um tiro na cabeça.

Ainda de acordo com a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, “praticado com o fim de impedir a atividade policial que estava sendo regularmente exercida no combate à venda ilegal de armas pelo denunciado e seu irmão.”
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