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ZUQUIM DECIDIRÁ

Ao TJ, Paulo Taques pede liberdade e nega participação em fraude no Detran

16 Mai 2018 - 15:38

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Paulo Taques

Paulo Taques

A defesa do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques protocolizou nesta terça-feira (15) pedido de revogação da prisão preventiva junto ao desembargador José Zuquim Nogueira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

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Advogado e primo do governador do Estado Pedro Taques (PSDB), Paulo foi preso pela terceira vez no último dia 09, durante a "Operação Bônus", segunda fase da "Bereré". Ambas investigam organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 27 milhões por meio de fraudes em licitações no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Segundo a defesa de Paulo Taques, não resta qualquer necessidade de prisão preventiva dos investigados, uma vez que as ordens de busca e apreensão nas residências e escritórios já foram cumpridos em sua totalidade. 

"Não há qualquer ilícito cometido por Paulo Taques, seja contemporâneo ou pretérito. Os argumentos do parquet (MPE) em sua totalidade foram esclarecidos nos interrogatórios prestados", afirmou o advogado João Bosco, ao Olhar Jurídico

Além de Paulo Taques, também foram detidos na Operação ‘Bonus’ seu irmão, Pedro Zamar Taques, o deputado estadual Mauro Savi (DEM) e os empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e José Kobori, em Brasília (DF).

Operação Bônus:

Foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.

A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.

A ‘Bereré’, por sua vez, é o desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry também foi alvo na ocasião.
 
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.
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