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TRIBUNAL DE JÚRI

Ex-PM´s acusados de assassinar 'irmãos Araújo' vão à júri popular nesta quinta

12 Jun 2018 - 14:20

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Irmãos Brandão

Irmãos Brandão

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) submeteá à Júri Popular às 9h desta quinta-feira (14) o ex-policiais militares Célio Alves de Souza e Marcos Divino da Silva. Eles são acusados de assassinar Brandão Araújo Filho e José Carlos Araújo, conhecidos como irmãos Brandão. Os crimes ocorreram em 1999 e 2000, na cidade de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá).

O julgamento ocorrerá no Tribunal de Rondonópolis. Para tanto, o magistrado Wagner Plaza Machado Junior solicitou reforço policial, por trata-se de réus de alto grau de periculosidade e com risco de fuga.

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O primeiro crime aconteceu no dia 10 de agosto de 1999, onde Brandão foi surpreendido pelo pistoleiro Hércules Araújo Agostinho (Cabo Hércules), e executado a tiros de pistola em pleno centro de Rondonópolis. O segundo crime foi em 28 de dezembro de 2000, quando José Carlos foi executado também a tiros de pistola 9 mm, no estacionamento da agência central do Banco Bradesco, no centro de Rondonópolis. Em ambos os casos Célio Alves ajudou o pistoleiro Hércules Agostinho. 
 
De acordo com as provas produzidas nos autos, os assassinatos dos Irmãos Araújo foram motivados pela disputa judicial de uma fazenda de 2.175 hectares, localizada na região conhecida como Mineirinho, que fica a 70 km quilômetros de Rondonópolis, em direção a Campo Grande (MS), objeto de negócio mal sucedido entre José Carlos e Sérgio Marchett, realizado em 1988, cuja demanda até hoje se arrasta na Justiça.

O pistoleiro confesso, e já condenado, Hércules de Araújo Agostinho, apontou como mandantes dos crimes os proprietários da empresa ‘Sementes Mônica’, mesmos proprietários da Agropecuária Marchett LTDA, Sérgio João Marchett e sua filha Mônica Marchett, a qual inclusive chegou a ficar presa por alguns dias.

Uma das provas que incriminam diretamente os mandantes foi a transferência de um veículo Gol, de propriedade da empresa “Mônica Armazéns Gerais LTDA” para um dos executores, o ex-soldado PM Célio Alves, dado como forma de pagamento pelas mortes, sendo que o pistoleiro Hércules ainda reconheceu o escritório da empresa como o local onde foram pegar a documentação do veículo. Segundo o inquérito, o ex-capitão Marcos Divino foi responsável pelo recrutamento dos pistoleiros.
 
Mônica Marchett atualmente vive em São Paulo (SP). Seu pai, Sérgio Marchett, possui residência na Bolívia e na Colômbia, mas também se encontra na capital paulista.

Sérgio conseguiu uma um recurso anulando a sua ida ao júri. Já Mônica, conseguiu decisão favorável no dia 30 de maio deste ano, quando a Segunda Câmara Criminal do TJ decidiu que ela não vai ao júri popular, por falta de indícios suficientes e de prova concreta da participação no delito. O MPE recorrerá da decisão.
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