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RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Grupo Engeglobal deve R$ 48 milhões a 749 credores em MT; veja os principais

26 Jun 2018 - 09:04

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Grupo Engeglobal deve R$ 48 milhões a 749 credores em MT; veja os principais
O Grupo Engeglobal, que protocolizou no último dia 19 pedido de recuperação judicial junto à 1ª Vara Cível de Cuiabá, deve R$ 48,7 milhões a 749 credores em Mato Grosso. ​A empresa pertencente ao empresário Robério Garcia, pai do deputado federal Fabio Garcia (DEM), que alega ser vítima da "crise econômico-financeira", atribuída a diversos fatores, entre eles, a condução das obras da Copa do Mundo 2014, em Cuiabá. 

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Da lista divulgada pelo site MídiaNews, verifica-se que a Engeglobal deve maior montante, cerca de R$ 8 milhões, a empresa Pereira Cardozo & Cardozo Ltda (Apoena Construtora). Seguido pela Bimetal, do ex-prefeito de Cuiabá e cotado ao governo do Estado, Mauro Mendes (DEM), que aguarda receber da construtora R$ 2,3 milhões.

Dentre os 749 credores, é possível verificar bancos, construtoras e empresas de factoring, como de Valdir Piran, que aguarda recebimento de R$ 567,1 mil e o Banco Industrial e Comercial (Bic Banco) (R$ 83 mil) cujo ex-gerente em Mato Grosso, Luis Carlos Cuzziol, é  investigado na "Operação Ararath", por lavagem de dinheiro.
 
Somente às empresas Marilena Materiais de Construção e Mills Estruturas e Serviços de Engenharia S/A, a Engeglobal deve R$ 2,7 milhões. A empresa Solução Análise de Crédito também aguarda recebimento de R$ 1,8 milhão.

No última segunda-feira (25), o juiz Claudio Roberto Zeni Guimarães determinou realização de perícia prévia sobre a documentação apresentada pela empresa, para verificar se todos os requisitos previstos pela Lei foram cumpridos na petição inicial, principalmente se os documentos contábeis estão de acordo com a legislação. Para isso, foi contratado o escritório Lorga & Mikejevs Advogados Asssociados. 

Consórcio Marechal Rondon

Ao lado da Farol Empreendimentos e Multimetal Engenharia, a Engeglobal compôs  no ano de 2012 o Consórcio Marechal Rondon, que atuou na conclusão do principal aeroporto do Estado, instalado na cidade de Várzea Grande, responsável por cerca de 11 frentes de trabalho, conforme a fiscalização da Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT).

Porém, no último dia 15, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado das Cidades, decidiu romper o contrato, de forma unilateral, com o Consórcio. A medida foi adotada após o anúncio do pedido de recuperação judicial. Segundo o governo, as obras deveriam estar prontas  antes da Copa do Mundo de 2014, mas ainda em 2018, restam 5% dos trabalhos para serem concluídos, além de adequações ao projeto.

A empresa Engeglobal também é responsável pela construção de dois Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da Univerisidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Pari e pela revitalização do Córrego Oito de Abril.

No pedido de recuperação judicial feito à Justiça, a empresa aduziu que "diversos problemas e entraves foram enfrentados pelo Grupo Econômico durante a implantação e andamento das obras, que impactaram negativamente os custos dos serviços prestados e foram a causa principal do desequilíbrio econômico atualmente vivenciado".

Dentre os problemas citados no pedido, inclui dificuldades para recebimentos das medições, falta de mão de obra qualificada e supervalorização da restante.

A empresa é dirigida pelo  empresário Robério Garcia, que é pai do deputado federal Fabio Garcia, que preside o Democratas em Mato Grosso.
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