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OPERAÇÃO SODOMA

Juiz retira tornozeleira de ex-secretário envolvido em esquema que lesou MT em R$ 8,1 milhões

29 Jun 2018 - 11:14

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Valdísio Juliano Viriato

Valdísio Juliano Viriato

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica do empresário e ex-secretário adjunto de Transportes e Pavimentação Urbana (Septu) Valdísio Juliano Viriato, alvo da quinta fase da "Operação Sodoma". O réu ostentava vida de luxo incompatível com a renda de secretário e decidiu confessar que compôs o esquema de fraudes e pagamentos de propina. 

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Segundo a Polícia Civil, organização criminosa é investigada por desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).

O esquema teria funcionado entre 2011 e 2014 ao exigir propinas das empresas Auto Posto Marmeleiro e Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda. Em troca, elas obtiam contratos com o Estado, por meio de licitações fraudadas e superfaturadas. O prejuízo causado é calculado em R$ 8,1 milhões.
 
Somente duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8,1 milhões.
 
A investigação revela ainda que a partir de outubro de 2011, por determinação de Silval Barbosa, Juliano Volpato passou a efetuar um pagamento mensal de propina, sendo que o primeiro foi de R$ 150 mil  já que César Zilio teria exigido o pagamento de R$ 70 mil desde a vigência do contrato.
 
"Esclarece Juliano Volpato que teria solicitado a Cesar Zilio o pagamento parcelado da propina "acumulada", o que foi prontamente negado por César Zilio com a argumentação de que ali não era "Casas Bahia" e que toda a 'quantia deveria ser paga de uma só vez.
 
Tornozeleira: 

"Em análise às argumentações tecidas pela defesa e pelo Ministério Público, tenho que merece prosperar o requerimento de revogação da medida cautelar, consistente na monitoração eletrônica. Isto posto, em consonância com o parecer ministerial e por não mais persistirem os motivos que autorizaram a medida cautelar, defiro o pedido de revogação do monitoramento eletrônico imposto ao acusado Valdísio Juliano Viriato, mantendo-se incólume as demais medidas cautelares. Intime-se o acusado para comparecer à Central de Monitoramento Eletrônico, localizada no Fórum da Capital, munido do carregador, para retirar o equipamento eletrônico", consta dos autos.
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