O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, ouve nesta sexta-feira (29) as testemunhas de acusação e defesa dos réus Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno de Almeida Santana, acusados de assassinar o personal trainer Danilo Campos, em novembro de 2017. Eles foram levados sob escolta da Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso para o Fórum de Cuiabá, onde poderão acompanhar o rito penal.
Conforme os autos online da ação penal, deverão ser ouvidos na qualidade de testemunhas as pessoas de Danilo Romao Paes Lemes; Yonar Sudré Avelino; Dionizio Bareiro Neto; Aline Olive De Araújo; Gorbachev Jo Barros Oliveira; Alexandre Candido Moreira Da Silva; Carlos Alexandre Meireles e Leandro Rodrigues Alves Lemes.
Confira abaixo como foram os depoimentos:
Atualizada às 18h18 - depoimentos encerrados.
Atualizada às 17h27 - Em seu depoimento, o investigador da DHPP afirma que a soltura de Ane Lise o entristeceu pois ele crê, opinião pessoal, que ela tenha envolvimento com o crime.
Atualizada às 17h17 - Ainda conforme a DHPP, um tio de Guilherme seria membro do Comando Vermelho (CV). Tal informação teria sido usada para alertar Danilo dos riscos.
Atualizada às 17h16 - O investigador da DHPP ainda apontou que Ane Lise foi quem tomou a iniciativa de se relacionar com Danilo e que ele tentava de toda forma sair do relacionamento. Ela, inclusive, teria demonstrado bastante preocupação e alertado o personal.
Atualizada às 17h14 - A análise do celular de Danilo ainda teria mostrado que Guilherme enviou mensagens com tom de ameaça. "Você mexeu com a mulher errada".
Atualizada às 17h07 - Anteriormente, durante depoimento da ex-namorada de Danilo e do vigia da academia onde ele trabalhava, os dois confirmaram que o personal sabia das ameaças. O vigia contou que ele chegou a pedir uma arma de fogo para ele. Além disto, afirmou que sabia do caso extraconjugal.
Um amigo de Danilo, que foi o terceiro a depor e trabalhava com ele na academia, disse que Guilherme ficou sabendo do caso extraconjugal e viu que Danilo estava com uma arma dentro da bolsa. "Ele falou que ia me matar", teria dito o personal ao colega.
Atualizada às 16h27 - Um dos investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) contou que um dos responsáveis por executar o personal, identificado apenas como Wender, teria sido executado em Várzea Grande. Ainda segundo as investigações, o homicídio do suspeito teria sido por queima de arquivo, já que o homem ficava se gabando de ter participado da emboscada e cometido o crime e poderia falar quem seriam os responsáveis.
Atualizada 15h - Outra testemunha, Michely Mayara afirma que seu depoimento na polícia foi colhido sobre pressão e força e que não queria assinar o depoimento, uma vez que constava os nomes de Guilherme Dias de Miranda e Anelise. A testemunha afirma que nunca viu estes dois. A delegada sequer estaria na sala e que a escrivã teria lhe forçado a assinar, se quisesse deixar a sala.
A testemunha reafirma à defesa que foi ameaçada pela PJC para assinar o documento.
14h40 - O gerente da academia onde Danilo Campos trabalhava, Gorbachev Barros de Oliveira, é a primeira testemunha arrolada pela acusação a ser ouvida perante à 12ª Vara Criminal, em Cuiabá, na data de hoje, 29 de junho. Ao promotor Jaime Romaquelli, ele narrou que conhecia a vítima há muitos anos e foi amigo pessoal dela.
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À Justiça, ele declarou que advertiu Danilo Campos sobre a política de não relacionamento com clientes e usuários da academia Smart Fit. “Não quero que isso continue”, teria afirmado. Ainda afirmou que Danilo sofreu ameaças de morte e o principal suspeito de encomendar o crime, Guilherme Dias de Miranda, teria ido até o local de trabalho da vítima.
Danilo foi morto em 8 de novembro de 2016. O rapaz se envolveu com um aluna e acabou sendo morto, segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), em represália ao caso. Pelo crime estão presos: Guilherme Dias de Miranda, de 35 anos e, Walison Magno de Almeida Santana, de 27.
Segundo a testemunha, pouco tempo depois a testemunha soube por terceiros que o marido da amante teria ameaçado a vítima por conversas de Whatsapp, que passou a andar armado. O gerente alertou novamente: “Para tomar cuidado, pois você não é bandido e se precisar, você não vai ter coragem de tal ato”.
Sobre as atividades de Danilo na academia, o gerente nega ter conhecimento de casos de assédio dentro da unidade.
Segundo a vítima, teria sido a amante que “tomou a iniciativa” de abordar Danilo para um relacionamento. “Ela nem frequentava a academia e começou a frequentar as unidades, ela não era aluna”.
Sobre as ameaças feitas à vítima. “Você vai aprender a não mexer com mulher casada. Vou dar um tiro na sua cara”, teria dito o marido da pivô ao Danilo Campos. As ameaças foram reforçadas quando o marido foi até à sede da academia se encontrar com o personal.
