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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Mauro Savi completa 54 dias preso e tem quinto pedido de soltura negado por ministra do STF

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mauro Savi completa 54 dias preso e tem quinto pedido de soltura negado por ministra do STF
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um habeas corpus impetrado pela Assembleia Legislativa pela liberdade do deputado estadual Mauro Savi (DEM). Este já é o quinto apelo rejeitado pela Justiça, o terceiro feito somente pelo Legislativo mesmo após a dura avaliação da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que disse que a Casa de Leis sequer tinha capacidade para pedir pela soltura do parlamentar.

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Savi encontra-se preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 09 de maio, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de integrar o núcleo de liderança do esquema delatado pelo ex-presidente do Departamento Estadual de Transito (Detran) de Mato Grosso, Teodoro Lopes, o ‘Doia’.

Também foram presos no mesmo dia que Savi, o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, seu irmão Pedro Jorge Zamar Taques, Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e o empresário José Kobori.

Os dois primeiros pedidos impetrados pela Assembleia Legislativa no STJ caíram nas mãos da ministra Maria Moura que afirmou, em trecho de sua decisão, que a súplica do Legislativo pela liberdade do deputado não prospera. "De início, falece capacidade para ser parte à Assembleia Legislativa, não podendo figurar como impetrante de habeas corpus, já que não tem personalidade jurídica e nem judiciária", afirmou.

Operação Bônus

O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques e o deputado estadual, Mauro Savi (DEM), foram presos em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', deflagrada na manhã de 9 de maio. Além deles, outras quatro pessoas também tiveram mandados de prisão.

A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.

A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.

Operação Bereré

A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.

Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), é outro investigado.

O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado.
 
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