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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Denúncia do MP

Cartas do PCC informam sobre mortes, ‘recrutamento’ e execuções em MT; veja

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Cartas do PCC informam sobre mortes, ‘recrutamento’ e execuções em MT;  veja
As cartas do Primeiro Comando da Capital (PCC), encontradas pelas autoridades e que foram base para a ‘Operação Echelon’, deflagrada Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo, revelam ramificações da facção criminosa em Mato Grosso. Através do antigo sistema de mensagens, os integrantes eram informados sobre morte de ‘companheiros’, recrutamentos e execuções de rivais. No total, foram cumpridos 59 mandados de busca e apreensão em 14 Estados.

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As investigações feitas pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior -8 (Deinter-8), de Presidente Prudente, e pelo grupo de Atuação especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, mostraram como o grupo mantém contato com bandidos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas.

 

Em um dos trechos encontrados na denúncia, uma mensagem informa sobre três indivíduos que foram mortos na cidade de Nova Mutum (244 quilômetros de Cuiabá), aparentemente porque um dos integrantes do PCC acredito que eles eram membros de uma facção rival: “O nosso irmão abordou três indivíduos, não identificados, rondando a casa dele, onde se sentiu em risco e matou os três”.

Além disto, foi encontrada em uma das cartas a informação da execução de pelo menos dois membros do Comando Vermelho, em fevereiro de 2017, na Cadeia Pública de Várzea Grande. As vítimas foram identificadas apenas como: Cristiano e Paulinho da Matraca.


 
Em outro trecho, o alto comando do PCC foi informado que uma mulher de Ribeirão Cascalheira, membro do Comando Vermelho, tentou recrutar a esposa de um dos integrantes do grupo, conhecido como ‘Terrorista’. O convite se deu através do WhatsApp. O marido dela então pediu que tirasse print da conversa e encaminhasse para o ‘Grupo das Cunhadas’, que é formado por companheiras de membros da facção.
 
Também há a intercepção de uma ligação em que é informado o batismo de um novo integrante do Primeiro Comando da Capital, em novembro do ano passado, que mora em Nova Olímpia.
 
Um dos alvos da operação, Adriano Hilário dos Santos (Kaique/Boy), exerce a função de Resumo Geral Externo (ou Disciplinar) dos Estados, com responsabilidade direta pelo quadro disciplinar dos Estados do Sul da Federação, mais os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, da região Centro-Oeste da União Federativa.
 
O grupo investigado é responsável por acirrar disputa entre facções no país, elevando o número de assassinatos. As investigações começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, por agentes penitenciários. A Polícia Civil identificou sete líderes e confirmou a existência da célula "sintonia de outros estados e países".
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