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Justiça retoma após 105 dias ação contra tenente Ledur por morte de Rodrigo Claro

20 Jul 2018 - 09:26

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Justiça retoma após 105 dias ação contra tenente Ledur por morte de Rodrigo Claro
O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, agendou para às 15h30 de 03 de agosto audiência para definir a composição do Conselho Especial de Justiça que conduzirá processo penal militar contra a tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps. A decisão foi proferida no último dia 18, 105 dias após a chegada dos autos à Vara.

A tenente é acusada de tortura e morte do soldado Rodrigo Claro, aos 21 anos. Por outro lado, o juízo rejeitou o pedido da defesa do soldado para que o processo retornasse à Sétima Vara Criminal, do juiz Marcos Faleiros.

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"DESIGNO sessão para sorteio dos Juízes Militares que comporão o Conselho Especial de Justiça para o dia 3.8.2018, às 15h30min. Ademais, DEIXO DE RECEBER o recurso em sentido estrito interposto pela assistente de acusação (fls. 2045/2046) contra a decisão de declínio de competência, pois a insurgência recursal não encontra amparo na disposição taxativa do art. 271 do CPP, de modo que lhe falta legitimidade recursal", decidiu o magistrado.

A decisão acalma, em parte, os corações dos familiares de Rodrigo Claro, que ao Olhar Jurídico lamentou a espera e confidenciou temor de que o caso prescrevesse. 

Antônio Claro, pai de Rodrigo, se abriu à reportagem publicada no último dia 14: “Nós só queremos que a justiça nos dê uma resposta, que pelo menos marque uma data de audiência. Para nós, da família, seria o retorno da esperança de que a justiça será feita. A expectativa é horrível. Ao mesmo tempo que a gente é otimista, pensa negativamente e isso é muito ruim”.

O caso:

Rodrigo ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu em novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria e queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.

Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma até falecer em 16 de novembro. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares serão realizados, de acordo com a perícia criminal.
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