O desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), se manifestou contrário ao pedido de revogação da a prisão preventiva do deputado estadual Mauro Savi (DEM), que está preso há mais de 60 dias acusado de crime de corrupção envolvendo o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). No total, Savi já amarga seis derrotas na Justiça e permanece detido no Centro de Custódia da Capital (CCC). A decisão é de 18 de julho. Ele foi um dos alvos da operaçãp batizada de 'Bônus'.
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Savi foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), o parlamentar integrava o núcleo de liderança no esquema, que passou a vigorar no ano de 2009, quando o ex-presidente Teodoro Lopes, o ‘Doia’, assumiu a presidência da autarquia.
No pedido, a defesa de Mauro, patrocinada pelo advogado Paulo Fabrinny, aduz que inexistem requisitos que motivaram o decreto considerando que a acusação formal já foi apresentada pelo órgão ministerial.
Contrário a esse entendimento, o desembargador avaliou que o parlamentar deverá permanecer recluso considerando que ainda estão presentes os motivos que o levaram para à prisão.
Na cadeia
Também foram presos no mesmo dia que Savi, o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, seu irmão Pedro Jorge Zamar Taques, Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e o empresário José Kobori. Todos os envolvidos permanecem presos.
A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.