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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Idas à boate e farmácia

Justiça arquiva inquérito por regalias a militares envolvidos em grampos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça arquiva inquérito por regalias a militares envolvidos em grampos
O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar arquivou na última quinta-feira (9), o processo que investigava se os policiais militares envolvidos nos grampos clandestinos instalados no estado tinham regalias enquanto estiveram presos em Batalhões da PM, em Cuiabá.

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A apuração de possíveis regalias ao cabo Gerson Correa Júnior, e aos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros iniciaram após uma denúncia de que o cabo, detido então no Batalhão da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) teria saído do alojamento para ir a uma boate, além de estar com um computador com acesso a internet.

Uma segunda denúncia também apontava que o ex-secretário chefe da Casa Militar, Evandro Lesco saiu de seu alojamento no 3° Batalhão da PM, para ir até uma farmácia, fato que foi confessado pelo próprio coronel em depoimento à delegada Ana Cristina Feldner.

O desembargador Orlando Perri, que na época estava à frente ao caso, chegou a determinar a imediata transferência dos militares para um presídio Federal de Segurança Máxima, em Campo Grande (MS), mas como todos eles foram soltos, com medidas cautelares no mês de março deste ano, o processo, perdeu o objeto, segundo o magistrado.

“Todavia, o Tribunal de Justiça concedeu liberdade provisória ao acusado Gerson Correa, mediante o cumprimento de medidas cautelares e o Conselho de Justiça, por maioria, em sessão realizada no dia 16.03.2018, revogou a prisão preventiva dos demais réus, estendendo à eles as medidas cautelares fixadas àquele réu, de modo que todos encontram-se em liberdade. Assim sendo, o feito perdeu o seu objeto, devendo ser arquivado após as baixas de estilo”, diz o trecho.

Os militares são acusados de terem participado de um esquema de escuta clandestina instalada durante o atual governo, que teve como alvo políticos, advogados e jornalistas.

No mês passado, em depoimento na própria 11ª Vara Militar, o cabo Gerson Correa afirmou perante ao juízo que os mandantes da instalação dos grampos foram o governador Pedro Taques (PSDB) e o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, que está detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
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