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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Cabo Gerson quer ser reinterrogado e defesa pede oitiva de governador e primo

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Cabo Gerson quer ser reinterrogado e defesa pede oitiva de governador e primo
A defesa do cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior protocolou um pedido para que seu cliente seja interrogado novamente sobre o caso da Grampolândia Pantaneira, a fim de que alguns pontos sejam “melhor esclarecidos e explicitados”. No documento os advogados também pediram que sejam feitas as oitivas do governador Pedro Taques e de seu primo Paulo Taques.
 
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O pedido foi protocolado no último dia 3 de agosto pelos advogados Thiago de Abreu Ferreira e Neyman Augusto Monteiro. No documento eles mencionam que o reinterrogatório é direito do réu e afirmam que no dia 28 de julho, quando Gerson foi ouvido, o réu teria ficado exausto, já que foi o último a ser interrogado na audiência que se estendeu até a madrugada do dia 29.

“Assim passamos a explicar, quando do adiantado estado de fadiga bem como do adiantado horário que se estendeu a audiência passada mais de 15 horas, sendo que o acusado Gérson foi o último a ser interrogado”.

Após analisarem o interrogatório a defesa entendeu que “restaram prejudicados alguns pontos a serem melhor esclarecidos e explicitados tanto para o órgão acusador bem como ao magistrado e os juízes coronéis”.

Os advogados ainda pediram a reinquirição do empresário José Marilson da Silva, ex-sócio da empresa Simples IP, que teria desenvolvido e vendido o sistema Sentinela utilizado no esquema, e também pediram que fossem feitas oitivas com Paulo Taques e com o governador Pedro Taques.

A defesa afirmou que um pedido de escolta para Gerson já foi feita e deve ser decidido nesta audiência.
 
Outro lado

O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.
 
O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.

Já a assessoria de imprensa do ex-secretário Paulo Taques afirma que a defesa nega as acusações e que se pronunciará nos autos do processo.
 
Contexto
 
Gerson Corrêa Júnior atuava no Gaeco e possuía o ‘know how’ na operação do Sistema Guardião de Interceptação Telefônica. Foi levado em 2015 para o Núcleo da Inteligência da Polícia Militar, na Casa Militar, época dos grampos. Continuou na Casa Militar até maio de 2017, quando teve prisão preventiva decretada por ter operado o esquema de interceptações telefônicas ilegais.
 
Os acusados desta ação penal militar são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco respondem pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
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