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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Grampolândia

Novo depoimento de cabo Gerson é encaminhado para STJ para análise de delação

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Novo depoimento de cabo Gerson é encaminhado para STJ para análise de delação
O juiz Murilo Moura Mesquita, da Décima Primeira Vara Criminal Especializada da Justiça Militar acatou ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e determinou que o novo depoimento do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correa Junior feito em juízo no dia 27 de agosto seja encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde será analisado um possível acordo de delação premiada.

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O pedido para que o novo depoimento, onde o militar fez diversas acusações contra o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques e contra o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), fosse encaminhado ao STJ, foi feito pelo promotor de justiça Allan do Ó.

Segundo o promotor, o envio do depoimento ao STJ é necessário por já existir lá uma investigação sobre o caso por conta do surgimento do nome do governador Pedro Taques (PSDB), que tem foro especial por prerrogativa de função.

O magistrado também deferiu o pedido para que uma cópia do depoimento do militar seja encaminhado para a Corregedoria do Ministério Público, por conta de acusações contra membros da instituição.

Em seu novo depoimento a justiça, o cabo da PM, que já tinha citado o ex-secretário Paulo Taques e do governador Pedro Taques no caso dos grampos clandestinos, também envolveu a juíza aposentada e candidata ao Senado, Selma Arruda, além do chefe do Gaeco, Marco Aurélio Castro.

O cabo contou, em depoimento, que uma suposta ameaça de morte a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) foi usada como pretexto para ‘barriga de aluguel: "A juíza procurou o Gaeco para falar da possível ameaça a ela. Fui designado para ir ao gabinete dela para conversar como seriam essas ameaças. Ela me narrou que uma assessora tinha recebido informações de que várias pessoas estavam em uma fazenda em que Riva também estava e começaram a falar de Selma, que queriam a cabeça dela e ela seria a chefe do Gaeco. Sabiam até a rotina dela. Eu fiz a apuração", frisou.

Por meio de nota, o Gaeco afirmou que “pelo teor das matérias divulgadas na imprensa, os fatos apontados pelo cabo Gérson Corrêa não configuram ‘barriga de aluguel’. A utilização de dados cadastrais obtidos em investigações não é vedada e não pode ser confundida com ‘barriga de aluguel’”. Além disto, reafirmou que o órgão não se utiliza de qualquer prática ilícita na obtenção da prova.

Já a juíza Selma Arruda, por meio de sua assessoria repudiou o que ela chamou de tentativa do cabo de envolvê-la no chamado caso da 'Grampolândia', ao afirmar que ela tinha conhecimento das fraudes conhecidas como “história de cobertura” para a ação ilegal de “barriga de aluguel”.
   
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