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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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QUATRO CRIMES

Justiça acata denúncia do MP e médica que atropelou verdureiro vira ré por homicídio doloso

Foto: Rogério Florentino / OD / Reprodução

Justiça acata denúncia do MP e médica que atropelou verdureiro vira ré por homicídio doloso
O juiz Flávio Miráglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) contra a médica Leticia Bortolini, por quatro crimes que levaram à morte do verdureiro Francisco Lucio Maia, ocorrida no dia 14 de abril de 2018. Agora a médica é ré no processo pelos crimes de homicídio doloso, omissão de socorro, por se afastar do local e por conduzir embriagada.
 
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Conforme a denúncia, no dia 14 de abril de 2018, por volta das 19h35, na avenida Miguel Sutil, em frente a agência do Banco Itaú do bairro Cidade Verde, a médica, “conduzindo veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”.
 
Ainda segundo o MP, a denunciada, após atropelar o verdureiro, deixou de prestar socorro imediato à vítima, bem como afastou-se do local do acidente para fugir à responsabilidade civil e penal. Consta, ainda, que a denunciada, após a prática dos fatos, conduziu veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.
 
O juiz Flávio Miráglia também estabeleceu prazo para apresentação de defesa prévia e indicação de testemunhas.

No último dia 14 de setembro, o Olhar Direto veiculou reportagem que cita laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontando que a médica Letícia Bortolini não estava embriagada na noite de 14 de abril deste ano.  A afirmação consta no laudo pericial, decorrente do exame clinico ao qual ela foi submetida, no Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá.

No total, o perito, médico legista Marcos de Moraes Gomes, que realizou o exame, respondeu a cinco questões que compõem o teste. O exame foi aplicado quatro horas depois do acidente, momento em que Leticia foi conduzida pela polícia ao IML.

Conforme descrito pelo médico no laudo, Letícia estava com marcha normal, vestes normais e a face ruborosa, o que, explicou o perito, ocorreu em decorrência do choro causado pelo choque do acidente. Ele destacou ainda que a locução dela na noite do acidente era normal, que o hálito era normal e a única variação se deu no humor da médica, “depressiva pelo fato”.
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