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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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ALEGOU IRREGULARIDADES

Defesa de Ledur tenta anular inquérito que investigou morte de aluno soldado após treinamento

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Defesa de Ledur tenta anular inquérito que investigou morte de aluno soldado após treinamento
A defesa da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur, que é acusada de torturar e causar a morte de Rodrigo Claro, peticionou uma questão de ordem na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar buscando a anulação do inquérito da Polícia Judiciária Civil, que apurou a morte de Rodrigo. O advogado alega que o caso é competência de órgão militar e não da PJC e que acusa a delegada responsável pela investigação de agir apenas pela repercussão do caso.
 
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As investigações foram conduzidas pela delegada Juliana Palhares, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e segundo a defesa de Ledur, de acordo com o artigo 144 da Constituição Federal, como o crime apurado é de natureza militar a sua apuração não seria de competência da Polícia Civil, mas dos órgãos militares.

A defesa ainda acusou a delegada Juliana Palhares de preocupar-se mais “em atender ao clamor da sociedade e familiares, por óbvio inflamados pela dor da perda, que às próprias formalidades do procedimento legal, firmando sua competência junto a investigação em flagrante contrariedade ao texto legal”.

No documento a defesa afirma que a intenção é fazer com que Ledur tenha “um julgamento justo aos olhos daqueles que de fato possuem propriedade e conhecimento para comparar, entender, quantificar, qualificar, tipificar a conduta desenvolvida por ela no fatídico treinamento aquático”.

O advogado de Ledur, Huendel Rolim, ainda afirma que houve vícios no procedimento investigatório e que estes elementos levantados no inquérito poderão servir como fundamento punitivo. Ele pede então a anulação do inquérito.

Ao final a defesa ainda requereu a oitiva de: Larissa Malheiros Batista; tenente coronel João Rainho Júnior, 1ª tenente Felipe Maçano Saboia, 2ª tenente Daniel Alves Moura e Silva, 1º sargento Marcizio Oliveira Moraes; Dionizio José Bochese Andreoni, soldado Rafael do Carmo Lisboa, tenente Janisley Teodoro Silva e major Danilo Cavalcante Coelho.

O Olhar Jurídico entrou em contato com a assessoria da Polícia Judiciária Civil, que preferiu não se manifestar sobre a petição.
 
O caso:

 
Rodrigo ficou internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu em novembro de 2016, após ter sido dispensado da última parte do treinamento da tenente Ledur. A vítima reclamava de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.
 
Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma até falecer em 16 de novembro. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares serão realizados, de acordo com a perícia criminal.


 
Com informações do Ponto na Curva.
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