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Sábado, 20 de abril de 2024

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TIRO NO OMBRO

Arimatéia defende detector manual de metais em fóruns; juiz baleado quer voltar a trabalhar

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Arimatéia defende detector manual de metais em fóruns; juiz baleado quer voltar a trabalhar
O presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), José Arimatéia Neves Costa, afirmou que irá propor ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) a utilização de detectores de metais manuais para prevenir ataques ou atentados como o do juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva, baleado nesta segunda-feira (1) no Fórum da cidade de Vila Rica (1.268 quilômetros de Cuiabá). Arimatéia disse que o magistrado se recupera bem e quer voltar logo ao trabalho.
 
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Informações do Tribunal de Justiça dão conta de que o réu entrou armado na audiência nesta segunda-feira (1) e o magistrado, ao perceber, tentou segurar a arma e foi atingido no braço. O bandido, que não teve o nome divulgado, foi morto por um policial militar, que fazia a segurança do local.

No último dia 27 de setembro um outro juiz foi atacado no interior de Mato Grosso. O juiz Jorge Hassib Ibrahim foi agredido com um soco pelo advogado Homero Amilcar Nedel. O presidente da AMAM disse que o risco nos fóruns é conhecido.

“É uma situação que preocupa, nós tínhamos consciência de que o ambiente de trabalho, dos nossos fóruns, não são locais exatamente seguros e a prova são situações como estas que ocorreram recentemente”.

O magistrado afirmou que já há uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que faz recomendações de segurança aos Fóruns do país, no entanto, em muitos tribunais isto ainda não foi seguido.

“Existe esta resolução de 2010, que foi aperfeiçoada com outra resolução de 2016, e alguns tribunais, não sei se por questões financeiras, não têm cumprido. São recomendações como a implantação de detector de metais na entrada dos prédios, esteira de raio-x para bagagem de mão. O problema é mais a questão da mão de obra para operar estes equipamentos do que o custo dos equipamentos em si”.

Pela dificuldade em encontrar empresas terceirizadas que ofereçam este serviço no interior do Estado, Arimatéia disse que a AMAM fará recomendações do TJ, caso não queira arcar com todos os custos destes serviços.

“Nós vamos fazer uma propositura no Tribunal para que sejam adotadas medidas, pelo menos de caráter preventivo, para mudar este estado. Pelo menos um detector de metais, daqueles manuais, uma raquete, algo deste tipo, para passar em pessoas que, em uma triagem inicial possa apresentar alguma suspeita, isto tem que ser feito, não é tão difícil de fazer”.

Arimatéia ainda disse que conversou na manhã de hoje (2) com o juiz Carlos Eduardo. Ele afirmou que a AMAM deu apoio ao magistrado e que este quer voltar ao trabalho. Carlos Eduardo teve que ser submetido a uma micro cirurgia, já que a bala ficou alojada em seu ombro.

“Ele já está louquinho para voltar a trabalhar, disse que tem um monte de processos com urgência, audiências, quinta-feira ele já quer estar trabalhando. O colega foi militar do exercito, tem um certo preparo para lidar com situações deste tipo, não ficou com medo”.
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