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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Bisavó e avó de bebê indígena enterrada viva passam por audiência; mãe também é ouvida

Foto: Reprodução

Bisavó e avó de bebê indígena enterrada viva passam por audiência; mãe também é ouvida
Acontecem na tarde desta terça-feira (16) no Fórum da Comarca de Canarana as audiências de Kutsamim Kamayura e Tapoalu Kamayurá, bisavó e avó, respectivamente, da bebê indígena Analu Paluni Kamayura Trumai, que foi enterrada  viva pelas duas, no último mês de maio em Canarana (a 879 km de Cuiabá). A bisavó foi denunciada por tentativa de homicídio duplamente qualificado.
 
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As audiências foram marcadas pelo juiz Darwin de Souza Pontes para às 12h30 de hoje (16) e acontecem no Fórum de Canarana simultaneamente. Kutsamim e as testemunhas foram intimadas no último dia 26 de setembro. A audiência, a princípio, seria realizada no dia 27, mas foi adiada.

Além de Kutsamim e Tapoalu, também foram intimadas as testemunhas: Aline de Matos, Dicson Danilo Souza Moura, Maianna Kamayura Trumai, Kuyanui Trumai, Leila dos Santos Pereira, Macarea Trumai, Maialla Paluni Kamayura Trumai (mãe da bebê), Maria Inê Delgado, Maila Aunalu Kamayura Trumai e Pablo Sage Jr Kamaiura.
 
O caso
 
Na terça-feira, 5 de maio, a Polícia Civil foi informada de um feto/recém nascido que teria sido enterrado em uma residência, e deslocou para o endereço (rua Paraná) em conjunto com a Polícia Militar.
 
Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. A bebê, agora identificada pelo Ministério Público como Analu Paluni Kamayura Trumai, foi socorrida e encaminhada para socorro médico imediato.
 
A bisavó da bebê, , Kutsamin Kamayura, 57, foi presa na manhã de quarta-feira (06) e na ocasião, alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
 
Em continuidade às investigações, a Polícia Civil com oitivas de testemunhas envolvidas no caso, apurou a conduta e participação da avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33.
 
Ela tinha conhecimento da gravidez da filha de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena. Durante todo período gestacional também ministrou chás abortivos para interromper a gravidez, segundo os depoimentos colhidos.
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