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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Suposto caixa 2

'Os fatos são graves e faço isso como cidadão', diz Fávaro sobre pedido de impugnação de Selma

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

'Os fatos são graves e faço isso como cidadão', diz Fávaro sobre pedido de impugnação de Selma
O ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que ficou em terceiro lugar na disputa para o Senado na eleição do último dia 7, entrará com um pedido na Justiça Eleitoral para que o registro de candidatura da juíza aposentada Selma Arruda (PSL) seja impugnado devido a acusação do uso de caixa 2 movida contra ela ainda durante o período eleitoral.

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Ao Olhar Jurídico, Fávaro garantiu que o pedido na justiça não é pessoal e que será feito por se tratar de uma grave acusação, e que pelos documentos e cheques recolhidos aparenta ser verdadeira. De acordo com o ex-governador, as regras precisam ser respeitadas por todos e é seu papel como cidadão tentar esclarecer os fatos.

“O Brasil hoje vive um momento que as pessoas exigem seriedade nos gastos públicos, no modelo de fazer campanha, que sejam respeitadas as regras. Isso serve para mim, pra a juíza e para todos os brasileiros. Os fatos denunciados contra ela são gravíssimos e o que estou fazendo é pedir para justiça avaliar se de fato é verdade, por que é muito grave. Estou fazendo isso como cidadão. É muito grave e está muito claro, está evidente. Então peço este momento que a justiça julgue e se tiver fatos comprovados, como parece que tem, que tome providências”, afirmou.

A juíza aposentada foi eleita como a mais votada no cargo de senadora com 678,6 mil votos, desbancando o também segundo eleito Jayme Campos (DEM), com 490,6 mil votos e o próprio Fávaro, com 434,9 mil votos.

Durante sua campanha, Selma foi denunciada ao Ministério Público Eleitoral por caixa 2 com base em ação monitória proposta por Júnior Brasa, com cópias de cheques pessoais utilizados por Selma, além do contrato firmado entre ela e a Genius e e-mails trocados com o publicitário, que comprovam a relação entre a juíza aposentada e a agência fora do período eleitoral. A juíza aposentada realizou pagamentos desde abril deste ano, que totalizam R$ 700 mil, utilizando cheques de sua conta pessoal.

Em sua defesa em entrevistas na época da denuncia, a juíza aposentada já afirmou que não existe a hipótese de caixa 2 ser pago com cheque nominal do candidato. “Tenho os cheques e esse cheques não dizem nada. Foram emitidos antes do período de campanha, o contrato de campanha foi celebrado em 15 de agosto, e eu tenho a minuta do contrato. O que ele tem é um contrato fantasioso que ele mandou por email pra mim e eu nunca concordei, tanto que ele não tem minha assinatura”, sustentou a senadora eleita.

Selma ainda se disse vítima de chantagem e voltou a acusar o também candidato Nilson Leitão (PSDB) de agir nos bastidores para prejudicá-la. De acordo com ela, Brasa teria se reunido com Leitão, o advogado e o marqueteiro do tucano. “Fica fácil a gente juntar esses elementos e saber porque isso, embora tenha sido protocolado ação de cobrança do Brasa no Fórum às 17h, no outro dia às 8h tinha uma investigação promovida por um candidato laranja no TRE, é óbvio que foi armação, óbvio que foi comitê da maldade”, argumentou.    
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