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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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TRIBUNAL DO JÚRI

Advogado acusado de matar empresário faz sua própria defesa e nega sequestro

Foto: Reprodução / Olhar Direto

No detalhe: a vítima Douglas Wilson Ramos

No detalhe: a vítima Douglas Wilson Ramos

O advogado Wagner Rogério Neves de Souza, acusado de ser o executor do empresário Douglas Wilson Ramos, em setembro de 2015, fez sua própria defesa durante o julgamento no Tribunal do Júri, nesta terça-feira (30), ao qual também foram submetidos Nilton Cesar da Silva (ex-sócio e concunhado da vítima) e o revendedor Luis Carlos Chagas Rodrigues.

Ele tentou comprovar que estaria em uma oficina no momento em que supostamente estaria praticando o sequestro, mas foi contestado pelo Ministério Público.
 
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A sessão foi iniciada às 8h de hoje (30), no Tribunal do Júri no Fórum de Cuiabá. Os familiares de Douglas não compareceram ao julgamento e nenhum dos réus, com exceção de Wagner, acompanhavam as oitivas das testemunhas.

Um proprietário de uma oficina mecânica foi uma das testemunhas. A ele, Wagner questionou se teria sido visto em sua oficina no dia do sequestro de Douglas, o que foi confirmado pelo mecânico. Ele apresentou um documento, registrando seu atendimento no local, e alegou que estaria ali no momento em que supostamente estaria cometendo o sequestro.

O promotor Jaime Romaquelli, no entanto, contestou o argumento de Wagner, perguntando à testemunha se havia algum horário especificado no documento, e ele respondeu que não. O promotor passou então a exibir alguns depoimentos gravados dos réus ao júri.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Nilton Cesar da Silva, Wagner Rogério Neves de Souza e Luis Carlos Chagas Rodrigues respondem pelos crimes de homicídio qualificado, roubo majorado, associação criminosa e ocultação de cadáver.
 
Caso Douglas Wilson
 
Nilton foi indiciado por ter encomendado a morte do empresário, Douglas Wilson Ramos em 2015. Os dois teriam sido sócios em uma empresa de cimentos e o acusado achou que Douglas estaria roubando a sua clientela.
 
“Enquanto Nilton estava preso (por tráfico de drogas), o Douglas resolveu montar a própria empresa de cimentos. Com isso, o criminoso pensou que o empresário estaria ‘passando a perna’ nele”, disse o delegado Flávio Stringueta, na ocasião, à reportagem.
 
A vítima ficou desaparecido do dia 25 de setembro de 2015, quando foi raptado dentro da própria empresa, localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, até o dia 05 de outubro, quando o corpo foi localizado em avançado estado de decomposição, próximo a Fazenda Bom Futuro, na região do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.
 
O indiciado, Nilton césar, chegou a ser preso em 2014 pela morte de outra pessoa no bairro Morada do Ouro II, em Cuiabá. A motivação do crime estaria relacionada ao tráfico de drogas.
 
Pagamento em permuta
 
De acordo com Stringueta, Nilton explicou que Wagner lhe devia R$ 70 mil, relativo a uma venda de caminhão. Então ele “permutou” a dívida com a morte do desafeto Douglas Wilson, o qual teria contratado mais duas pessoas para realizar o sequestro.
 
Wagner aceitou a proposta e acertou com Luis Carlos os detalhes da execução do crime, diz a denúncia do Ministério Público. No dia do crime, foi o advogado quem dirigiu o veículo até a empresa de Douglas. À Justiça Luis Carlos negou envolvimento no sequestro e assassinato de Douglas.
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