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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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HABEAS CORPUS

Advogado afirma que Neri Geller será solto sem medidas cautelares

Foto: Divulgação

Advogado afirma que Neri Geller será solto sem medidas cautelares
O advogado Ricardo Monteiro, que faz a defesa do ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito, Neri Geller (PP), disse que seu cliente deve ser solto ainda nesta segunda-feira (12). Geller é acusado de receber R$ 250 mil em propina para beneficiar a empresa JBS e foi preso pela Polícia Federal na última sexta-feira (9). Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF), deste domingo (11), o deputado eleito será solto, mas não serão impostas medidas cautelares.
 
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A determinação é do ministro Nefi Cordeiro que acatou o pedido da defesa do deputado federal eleito. A íntegra da decisão não foi divulgada até o momento. O advogado Ricardo Monteiro avalia que Geller deve ser solto ainda hoje (12).

“Ontem mesmo saiu a decisão, saiu tarde, às 19h11 de Brasília. Já expediram a ordem, via malote digital, para o Tribunal Regional Federal da Nossa Região, e aí tem que mandar para Rondonópolis, para o juiz de lá cumprir, só que estão com um problema de internet na Justiça Federal de lá”, disse Monteiro.

O habeas corpus foi protocolado na manhã de ontem (11) pelo advogado e no plantão do mesmo dia o ministro determinou a soltura. Monteiro afirmou que não foi imposta nenhuma medida cautelar a Neri Geller.

O advogado argumentou que os fatos apurados são de quatro anos atrás, o que não justificaria uma prisão temporária agora. Além disso ele defendeu que Geller já foi interrogado e por isso não há necessidade de continuar preso.

“As acusações são sobre fatos que ocorreram em 2014 e a prisão foi agora em 2018. Então não dá para se justificar um andamento desse. E outra, com o STF impedindo a condução coercitiva, alguns juízes estão utilizando a prisão temporária para ouvir todos ao mesmo tempo. Então argumentamos com relação ao lapso temporal grande, de quatro anos, que não justifica uma questão dessa. Também, não que esteja escrito isso, mas nós subentendemos que o objetivo do juízo era interrogar, então como ele já foi ouvido argumentamos que perdeu o objeto da prisão”.

Com relação às acusações contra Geller, o advogado afirmou que ainda não obteve o inquérito completo e só deve trabalhar na defesa do deputado eleito após a análise dele.
 
A operação
 
Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta sexta-feira (9), 19 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em seis estados. A operação batizada de 'Capitu' investiga suposto esquema de corrupção no ministério da Agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Roussef (PT).
 
Além de Geller, que foi ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014, durante o governo Dilma, também foram detidos o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), o executivo da JBS, Joesley Batista, e o mato-grossense Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
 
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Eles estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.
 
Batizada de Capitu, a operação é mais um desdobramento da Lava Jato. Ela foi baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro.
 
Segundo a PF, os detidos estão envolvidos em um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.
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