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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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OPERAÇÃO CAPITU

Solto após ação da PF, Neri Geller afirma que não é indiciado e apenas teve nome citado em delação

Foto: TVCA

Solto após ação da PF, Neri Geller afirma que não é indiciado e apenas teve nome citado em delação
O ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito, Neri Geller (PP), que estava preso na Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande) em Rondonópolis (a 217 km de Cuiabá), foi solto no final da tarde desta segunda-feira (12). Geller é acusado de receber R$ 250 mil em propina para beneficiar a empresa JBS e foi preso pela Polícia Federal na última sexta-feira (9). Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que ele fosse solto.
 
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O advogado de Neri Geller, Ricardo Monteiro, confirmou ao Olhar Direto que o deputado eleito foi solto no final da tarde de ontem (12). De lá ele seguiu para Lucas do Rio Verde, onde permanece, em sua casa. Ao sair da penitenciária ele deu uma entrevista à equipe da TV Centro América, que aguardava na porta.

Geller, que ficou preso três dias, disse à imprensa que não é indiciado e negou as acusações. Ele afirmou que apenas teve seu nome citado em uma delação. "Não fui chamado para depor em nenhum momento das investigações e vou me inteirar das acusações e depois vou manifestar junto à imprensa", disse.

Com relação às acusações contra Geller, o advogado Ricardo Monteiro afirmou que ainda não obteve o inquérito completo e só deve trabalhar na defesa do deputado eleito após a análise dele.
 
A operação
 
Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta sexta-feira (9), 19 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em seis estados. A operação batizada de 'Capitu' investiga suposto esquema de corrupção no ministério da Agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Roussef (PT).
 
Além de Geller, que foi ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014, durante o governo Dilma, também foram detidos o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), o executivo da JBS, Joesley Batista, e o mato-grossense Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
 
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Eles estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.
 
Batizada de Capitu, a operação é mais um desdobramento da Lava Jato. Ela foi baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro.
 
Segundo a PF, os detidos estão envolvidos em um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.
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