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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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PISTOLAGEM

Justiça decreta prisão de empresário do agronegócio acusado de mandar matar irmãos

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Justiça decreta prisão de empresário do agronegócio acusado de mandar matar irmãos
O juiz da Primeira Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis, Wagner Plaza Machado Junior, decretou a prisão preventiva do empresário do agronegócio Sérgio João Marchett, que pode ser preso a qualquer momento, inclusive pela Interpol, já que ele declarou residência na Bolívia e Colômbia. Ele é apontado como mandante do assassinato dos irmãos Brandão de Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo.

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A decisão proferida também determina que o réu Sérgio Marchett seja julgado em sessão do Tribunal do Júri pelas mortes dos irmãos, que ocorreram em Rondonópolis nos anos 1999 e 2000, respectivamente. Contra Sérgio haviam algumas medidas cautelares, entre elas a de comparecimento em juízo a cada dois meses, o que não estaria sendo realizado desde julho de 2015.
 
Entenda o caso
 
Os irmãos Brandão e José (conhecido como Zezeca) foram assassinados à luz do dia em pleno centro de Rondonópolis, em 10 de agosto de 1999 e 28 de dezembro de 2000, respectivamente.
 
Conforme investigações da polícia, o crime ocorreu na prática de “pistolagem”, como confessado pelos executores dos irmãos Araújo, que deu detalhes sobre o planejamento, execução, bem como nomeou os seus  intermediários e mandantes.
 
O executor, já condenado, ex-cabo da PM, Hércules Agostinho, não só assumiu o assassinato dos irmãos, como participou da reconstituição dos crimes, apontando todos os envolvidos, como também apontou os proprietários da empresa Sementes Mônica como mandantes dos crimes.
 
Como pagamento das mortes, Hercules contou que ele e o soldado Célio Alves de Souza receberam um veículo Gol como pagamento pela execução dos dois irmãos Araújo, veículo este pertencia à empresa Mônica Armazéns Gerais Ltda, de propriedade da acusada Mônica Marchett, filha de Sérgio Marchett. Durante reconstituição dos crimes, Hércules apontou a Sementes Mônica, empresa da família Marchett, como o local em que ele e o ex-soldado Célio Alves buscaram documento do veiculo.
 
Recentemente durante a sessão de julgamento do Tribunal do Júri de Rondonópolis, em 14 de junho de 2018, o pistoleiro Célio Alves de Souza também confessou sua participação nos crimes, nomeando o empresário Sérgio e sua filha Mônica Marchett como mandantes. Na ocasião, detalharam ainda a participação de todos os envolvidos na trama assassina, desde o preparo até a execução.
 
Durante julgamento em plenário, Célio Alves contou que foi realizada uma espécie de “confraria” para arquitetar as mortes dos Irmãos Araújo, que na reunião teve a participação de Mônica Marchett, seu pai Sérgio, um irmão (não se recordava o nome), Ildo Roque Guareschi e o Sargento José Jesus de Freitas.
 
Até hoje, somente os pistoleiros foram julgados e condenados pelas mortes,  já  os mandantes ainda aguardam os desfechos dos seus processos que se arrastam há mais de 15 anos na Justiça.

(Com informações da assessoria de imprensa)
 
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