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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Bebê que ingeriu soda cáustica deve ser transferida para UTI por determinação judicial e família espera vaga

Foto: Internet

Bebê que ingeriu soda cáustica deve ser transferida para UTI por determinação judicial e família espera vaga
A família da pequena L.S., de apenas um ano, aguarda  pelo cumprimento de uma decisão liminar, que determina sua transferência para uma unidade de tratamento intensivo. A pequena ingeriu soda cáustica e sofreu queimaduras internas e externas e não consegue se alimentar. A criança está internada no Hospital Regional de Água Boa,  a 741 km de Cuiabá, e necessita ser transferida com urgência. A decisão judicial foi obtida pela Defensoria Pública de Mato Grosso na última sexta, 15.

Procurada, a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso informou que de acordo com o setor de regulação, o órgão estadual já foi notificado sobre o caso e busca encaminhamentos junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). A SES-MT ainda enfatiza que trabalha e envida esforços para a breve resolução deste caso.

O defensor que atua no Plantão da Defensoria Pública, em Ribeirão Cascalheira, Rodrigo Machado Fonseca, afirma que a situação é grave.

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“O médico nos relatou que a situação dela é muito grave em decorrência dos ferimentos e que, em consequência deles, ela está impossibilitada de se alimentar desde quinta-feira (14/3), quando tudo aconteceu. Diante disso, os médicos a estão mantendo hidratada e ministrando vitaminas. É só o que podem fazer”, relata o defensor. O pai da menina, Laryssa, Diones Arantes da Silva, fez um apelo pela vida da filha. “Estamos desesperados”.
 
O médico que atende a criança, Humberto Jesus Romio, afirma que outra das preocupações é que uma cicatrização ocorra, sem a devida intervenção e tratamento, e isso cole os dois lados do esôfago da criança. “A família está em desespero e a única coisa que pedem é que o Estado agilize a transferência. Já fizemos o que podíamos e não conseguirmos resolver, a sensação é de impotência, de estarmos de mãos atadas”, afirma o defensor.
 
Fonseca informa ainda que já solicitou orçamento de um hospital no estado de Goiás, para poder entrar com o pedido de bloqueio de bens do Estado, para que, em caso positivo, consiga a transferência para um hospital privado. Mas, ele informa que o hospital está sem vagas.
 
"Essa medida é uma alternativa, porém, temo que seja muito demorada. O necessário é que a transferência seja feita o mais rápido possível. Vamos continuar tentando nos municípios maiores de Mato Grosso e em estados vizinhos. Porém, avaliamos que conseguir esse bloqueio no final de semana, será difícil", avalia.
 
O caso de Laryssa chegou à Defensoria na sexta-feira (15/3), depois que os pais perceberam que apenas administrativamente, não conseguiriam socorro adequado para a filha. O defensor público Wendel Renato Cruz entrou com uma ação de obrigação de fazer, com pedido de liminar, em Água Boa, e a decisão do juiz Jean Louis Maia Dias, determinando a transferência, saiu às 20h de sexta-feira (15/3).
 
“Assim que pegamos a decisão, informamos a equipe de regulação de Cuiabá e Várzea Grande, mas eles nos disseram que não há vaga e que só poderão determinar a ida de Laryssa, se houver liberação. Do contrário, dizem que não há o que fazer”, conta o defensor. O hospital Regional de Água Boa não conta com UTI.
 
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