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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Operação Sangria

Investigados por fraudes na Saúde deixam CCC e são transferidos para unidade dos Bombeiros

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Investigados por fraudes na Saúde deixam CCC e são transferidos para unidade dos Bombeiros
Três alvos da Operação Sangria, que investiga fraudes da Saúde pública do Estado e do Município, deixaram o Centro de Custódia da Capital (CCC) e foram transferidos para o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, em Cuiabá, na última sexta-feira (30). Apontados como lideres do esquema, o ex-secretário de Saúde Huark Correa e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer estavam presos desde o último dia 30 de março.

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O Tribunal de Justiça de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que o processo corre em segredo de justiça, sendo assim, não é possível saber o motivo da transferência. Entretanto, confirmou a decisão da juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital, de fazer a transferência dos réus.
 
Nos bastidores, cogita-se que Huark Douglas estaria negociando uma delação premiada. Os rumores surgiram depois que a defesa de dois presos na Operação Sangria desistiram de habeas corpus em tramitação no TJMT, às vésperas do julgamento.
 
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) garantiu ser o maior interessado nos esclarecimentos da Operação Sangria. Segundo ele, não há qualquer preocupação quanto a uma possível delação premiada de seu ex-secretário de Saúde.
 
“Eu quero é que delate, eu quero que quem tem o que falar, em qualquer esfera Municipal, Estadual, Federal, delate e prove. Principalmente prove. Não tenho qualquer preocupação. Sou o maior interessado que tudo se esclareça”, disse.
 
Operação Sangria
 
A operação foi deflagrada no dia 18 de dezembro do ano passado. No dia seguinte, a desembargadora plantonista deferiu pedido de liberdade para alguns dos alvos, mediante cumprimento de medidas cautelares. No dia 29 de março deste ano, o desembargador do Tribunal de Justiça, Alberto Ferreira de Souza, revogou as medidas cautelares decretadas anteriormente e determinou novamente a prisão preventiva dos envolvidos.

A investigação apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado. Os trabalhos são conduzidos pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), presididos pelo delegado Lindomar Aparecido Tofoli. 

Considerados do “núcleo subalterno”, quatro alvos da operação tiveram liberdade concedida no dia 10 de Abril. Tiveram a liberdade concedida, mediante cumprimento de medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica os seguintes investigados: Celita Natalina Liberali, Fabio Alex Taques Figueiredo, Kedina Iracema e Flavio Alexandre Taques da Silva.
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