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Procurador-geral torce para que placas dos grampos apareçam e afirma que equipamento é comparado a arma

20 Ago 2019 - 11:05

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Vinícius Mendes

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Procurador-geral torce para que placas dos grampos apareçam e afirma que equipamento é comparado a arma
O procurador-geral de Justiça José Antônio Borges, afirmou nesta terça-feira (20) que torce pelo aparecimento das placas utilizadas para realizar os grampos ilegais que ocorreram em Mato Grosso. Segundo ele, seria bastante benéfico para que todas as dúvidas fossem esclarecidas. Além disto, ele ainda pontuou que o equipamento pode ser considerado uma arma. Segundo o depoimento do cabo PM Gerson Corrêa, elas teriam sido descartadas dentro de um rio.

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Segundo José Antônio Borges, cinco pessoas colocaram a procuradoria ‘abaixo’ na tentativa de encontrar as placas. “Encontramos um rastro delas. Foram entregues para a Secretaria de Cidadania e Justiça. No termo de assinatura, está que foram entregues. Se foram nossas placas usadas na grampolandia, segundo o próprio cabo, ele disse que jogou no rio. 
 
O procurador ainda lembra que o cabo entregou à Justiça um pen drive contendo algumas informações das utilizadas na grampolândia. “Eu torço para que estas placas apareçam. Seria ótimo que isto acontecesse”.
 
José Antônio Borges acrescenta também que as placas não podem ser meramente descartadas e compara elas a armas. Tanto é que citou o alto valor investido no equipamento (R$ 34 mil). Ainda garantiu que os responsáveis deverão responder pelos seus atos, mas afirmou que primeiro, é necessário que se apure.
 
“Que houve a grampolandia, barriga de aluguel, isto está comprovado”, finalizou o procurador-geral.

Secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante afirmou na última semana que buscas internas nos arquivos da pasta ainda não conseguiram localizar que efetivamente recebeu as placas Witron cedidas pelo Ministério Público (MPE). A suspeita é que o equipamento tenha sido utilizado em interceptações telefônicas ilegais, caso conhecido como Grampolândia Pantaneira.

O Termo de Cessão de Uso dos equipamentos, conforme apurado até o momento pelo MPE, foi assinado em 20 de abril de 2010, pelo então procurador-geral de Justiça Marcelo Ferra de Carvalho e pelo secretário-adjunto de Assuntos Estratégicos da Sejusp à época, justamente Alexandre Bustamante. 

O documento estabeleceu que o bem deveria ser restituído ao Ministério Público no prazo de seis meses. Além disso, a sua destinação deveria ser exclusivamente ao uso nas atividades afetas às atribuições legais da Cessionária, no caso a Sejusp, sendo vedada a sua utilização em outras operações estranhas à que se propunha o Termo de Cessão.

Os fatos sobre as placas Witron surgiram na investigação instaurada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) Criminal, por determinação da Procuradoria-Geral de Justiça, após militares envolvidos no caso Grampolândia afirmarem em juízo que as placas utilizadas para o cometimento de escutas ilegais pertenciam ao Ministério Público.
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