O ex- secretário de Estado de Fazenda da Casa Civil, Eder Moraes, teve negados todos os três pedidos protocolizados na Quinta Vara da Justiça Federal para revogar o desmembramento do processo, transferir o interrogatório para outro dia e obter a cópia do inquérito. O réu chegou por volta das 13h15 aparentando calma, sem algemas e portando uma pasta com documentos para o interrogatório, desta quinta-feira (07) ,na Justiça Federal, onde irá depor para o juiz Jeferson Schneider.

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Eder Moraes requereu em um único documento a revogação da decisão que determinou o desmembramento do processo em relação ao réu Vivaldo Lopes, ex-secretário do Tesouro do Estado, que conseguiu pedir perícia técnica e contábil na empresa Brisa Assessoria e Consultoria.

O ex-secretário também pediu que o interrogatório dele fosse transferido para outro dia. Além de requerer todo inquérito impresso para que pudesse ter em mãos todo o caso no Centro de Custódia onde ele está detido, já que o réu não pode ter acesso à internet enquanto é julgado pela Justiça Federal.

O réu argumentou que o desmembramento do processo não era economicamente recomendável. Outro dos pedidos foi para que o juiz aguardasse a perícia que está sendo realizada na empresa Brisa Assessoria e Consultoria, pois ela “irá repercutir sobre a defesa de Eder Moraes”.

Porém, o juiz Jeferson Schneider decidiu negar todos os pedidos: “Ao final da inquirição das testemunhas arroladas pela defesa com a finalidade de evitar retardamentos desnecessários do processo em relação ao réu preso, determinei o desmembramento do processo em relação ao réu Vivaldo Lopes, porque este réu no prazo de defesa escrita requereu e foi deferida a realização de perícia contábil na empresa Brisa Assessoria e Consultoria e, ainda, em decorrência desta mesma diligência a perita criminal, responsável pela elaboração do laudo pericial, solicitou a prorrogação do prazo para a conclusão da pericia, que também foi deferido”, consta do trecho da decisão.

Com relação à tese de pedir uma nova audiência para interrogatório o juiz não achou necessário. “O réu recebeu uma copia da denúncia na quinta fase da operação Ararath, o que permitiu o pleno conhecimento sobre os termos da pretensão acusatória”.

Eder Moraes está preso desde o dia 20 de maio quando foi denunciado por crime de falsificação de documento público, e ainda outras 14 vezes por concurso material (operar sem autorização instituição financeira) e outras oito vezes por habitualidade criminosa e concurso de pessoas.

Estiveram presentes durante o interrogatório desta quinta-feira (07) o advogado Ulisses Rabaneda, que representa o também citado na Operação Ararath, o ex-secretário do Tesouro Estadual Vivaldo. Para ele, seu cliente é inocente e a procedência dos R$520 mil é referente a um patrocínio do Mixto Esporte Clube e que a conta não foi usada para lavagem de dinheiro.

Representando a esposa de Eder Moraes, Laura Teresa da Costa Dias, o advogado Marden Tortorelli, também compareceu para acompanhar a oitiva de Eder Moraes. Antes de entrar na sala, ele reiterou que a sua cliente é inocente e que sua função era apenas cuidar da casa deixando a responsabilidades financeiras sob a responsabilidade de Eder.