Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Civil

MPE

Ações tentam afastar servidores da Assembleia Legislativa; investigadas por desvio de R$ 1,7 milhão podem perder cargos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ações tentam afastar servidores da Assembleia Legislativa; investigadas por desvio de R$ 1,7 milhão podem perder cargos
O Ministério Público Estadual ingressou com quatro ações questionando a estabilidade dos servidores da Assembleia Legislativa Maria Helena Ribeiro Ayres Caramello, Adriângelo Barros Antunes, Ana Martins de Araújo Pontelli e Varney Figueiredo de Lima. O procedimento, rogado por meio da 13ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, requer a nulidade dos atos que concederam estabilidade excepcional aos servidores.

Leia mais:
CNMP absolve promotor acusado de ajudar Eder a desviar foco da Ararath para prejudicar inimigos


De acordo com o promotor de Justiça Roberto Aparecido Turin, os referidos servidores foram efetivados no serviço público de maneira irregular, ou seja, sem passar por concurso. O MPE também questiona o “enquadramento” e “reenquadramento” realizados.

Ayres Caramello, ex-chefe de gabinete de José Geraldo Riva, foi apontada na Operação Metástase como uma das líderes do esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 1,7 milhão dos cofres públicos estaduais. Ana Martins de Araújo Pontelli, também foi denunciada no mesmo caso, por falsidade ideológica.

Consta na petição inicial, que apesar de não preencherem requisitos constitucionais, o sete servidores foram contemplados com a estabilização excepcional com fundamento no artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 88.

“Após a declaração da estabilidade, eles foram absurdamente efetivados em cargos públicos de carreira da Assembleia Legislativa, por mero ato administrativo, contrariando as regras do próprio artigo 19 da ADCT, uma vez que esta norma exige a aprovação em concurso para a efetivação do servidor”, esclareceu o MPE.

Nas ações, o promotor de Justiça aponta averbações de tempo de serviço irregulares. “Não se permite a possibilidade de se prestar serviços a um Município e ser estabilizado como Servidor da Assembleia Legislativa Estadual, são entes federativos absolutamente distintos e independentes e trabalho desempenhado em outros entes federativos ou ainda em outros órgãos de Poderes distintos não foi contemplados pelo legislador constitucional originário como passíveis de serem considerados como tempo hábil a garantir a estabilidade do Servidor”,destacou o promotor de Justiça.

Conforme o MPE, outras pessoas também podem ter sido efetivadas na Assembleia Legislativa de maneira irregular. Atualmente, na 13ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa existem cerca de 80 inquéritos civis que tratam do assunto. Já foram acionados, pelo mesmo motivo, os servidores Luiz Márcio Bastos Pommot, Djalma Ermenegildo e Pedro Terci.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet