Olhar Jurídico

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Geral

rebate

Advogado do MCCE afirma que Mahon está tentando criar “cortina de fumaça” com acusações

Foto: Reprodução

Advogado do MCCE afirma que Mahon está tentando criar “cortina de fumaça” com acusações
O advogado do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, Vilson Nery, afirmou que o advogado Eduardo Mahon está tentando “criar uma cortina de fumaça” ao acusa-lo de ter violado as prerrogativas advocatícias quando juntou em um processo uma conversa entre o vereador João Emanuel (PSD) e seu defensor.

Leia mais: Após reunião a portas fechadas no TJ, Julio Pinheiro “suspende” ação no CNJ contra desembargadora

“Estão jogando uma cortina de fumaça que pode revelar até uma falta profissional do Mahon. Ele sabe, desde novembro do ano passado, que o telefone celular do João Emanuel está grampeado. Cabe ao advogado instruir o seu cliente o que ele deve e o que não deve falar”, disse Vilson, que é advogado do Movimento Contra Corrupção Eleitoral (MCCE).

Nery foi o responsável por levar a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que suspendeu os trâmites da cassação de João Emanuel devido a falta de uma das provas da acusação dentro do processo administrativo – o vídeo no qual o parlamentar aparece supostamente negociando uma licitação -, um áudio de uma conversa entre Mahon e o vereador peessedista, cujo teor comprovaria que ambos teriam sim a posse da mídia.

“A desembargadora Maria Aparecida Ribeiro não merecia esse tratamento. Ela é uma magistrada excepcional, uma das mais bem preparadas, e foi induzida ao erro. Anexaram uma certidão do processo civil, na ação de improbidade, no qual houve um problema no cartório e a mídia não foi entregue, mas no processo criminal eles tiveram sim acesso ao vídeo”, com explicou o advogado do MCCE.

Sem quebra nas prerrogativas

O advogado Vilson Nery também nega que tenha existido qualquer quebra nas prerrogativas do advogado Eduardo Mahon. Segundo ele, o áudio divulgado está ao acesso de qualquer pessoa, na ação criminal que corre contra o vereador João Emanuel, a qual não corre em segredo de Justiça.

“Todo advogado criminalista, e o Eduardo Mahon atua muito nessa área, sabe como funciona o sistema de grampo brasileiro. É o sistema guardião. Se você liga para um telefone grampeado, parabéns, você foi registrado, entrou em uma teia. E aquele áudio foi legalmente autorizado sobre um alvo. Azar de quem falou com ele, não importa se era advogado dele”, explicou.

O advogado ainda salientou o fato de ser membro do Tribunal de Defesa das Prerrogativas há quatro mandatos, tendo sido reconduzido ao cargo duas vezes por pressão dos colegas. “Pediram para eu continuar porque sou um dos mais atuantes. Eu conheço todas as interpretações mais aplicadas pelos magistrados de todo o país. E, mesmo assim, se entenderem que estou violando as prerrogativas, vou responder pelos meus atos com tranquilidade”, concluiu.

Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet