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Advogado detido pela Ventríloquo denuncia irregularidades em sua prisão e diz ser inocente

26 Nov 2015 - 15:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia / Da Reportagem Local - Arthur Santos

Foto: Reprodução

Advogado detido pela Ventríloquo denuncia irregularidades em sua prisão e diz ser inocente
O advogado Júlio César Domingues, réu na investigação proveniente da “Operação Ventríloquo”, e em prisão preventiva desde 7 de agosto deste ano, denuncia que sua prisão, em cela comum, é inconstitucional e que fere os princípios da Ordem dos Advogados do Brasil.

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Domingues denuncia a “violação de direito constitucionalmente garantido, risco à integridade física, desobediência ao estatuto da OAB, que garante uma cela maior aos advogados e o completo descaso da OAB em não dar atenção às prerrogativas”, afirma.

O réu ainda critica a postura de Joaquim Fábio Mielli, delator do esquema de R$ 9,6 milhões na Assembleia Legislativa. Mielli prestou esclarecimentos nesta quinta-feira (26), durante audiência de instrução, sob condução da juíza Selma Arruda, na Sétima Vara Criminal de Cuiabá. Para Domingues “a delação de Mielli foi construída para manter os interesses dele, após ter praticado diversos crimes”, e que ele apenas “busca com essa delação se furtar dos crimes que cometeu”, analisa.

E defende sua inocência. “Eu sou totalmente inocente. Trabalhei como advogado, consultor jurídico legalmente habilitado para isso. Quando o HSBC tomou ciência da apropriação indébita, inclusive o HSBC foi noticiado por mim, da apropriação dele [Mielli] de aproximadamente R$9,5 milhões. Quando teve notícia disso, ele [Mielli] providenciou a confecção dessa delação, que é totalmente descabida”, conclui.

Entenda o caso:

O advogado Julio Cesar Rodrigues Domingues é na ação proposta pelo Ministério Público e oriunda da “Operação Ventríloquo”, responsável por trazer à luz a suposta estrutura corrupta e teve início com a delação premiada junto ao Ministério Público Estadual de Joaquim Fábio Mielli, que representava o HSBC. Além de Domingues, estão detidos o ex-deputado José Geraldo Riva, o ex-procurador-geral da Assembléia Legislativa, Anderson Flávio de Godoi e o ex-secretário geral do mesmo órgão, Luiz Marcio Bastos Pommot.
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