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Sábado, 20 de abril de 2024

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Associação da PM entra com ação e pede afastamento de delegado da Polícia Civil

Foto: Reprodução You Tube

Associação da PM entra com ação e pede afastamento de delegado da Polícia Civil
A Associação de Oficiais da Policia Militar de Mato Grosso (Assof) repudiou, através de nota, as denúncias do delegado da Polícia Civil, Rodrigo Santana, contra um tenente da corporação que não teria feito a prisão de uma pessoa a pedido dele. Segundo a nota, “comenta-se na região que o intento desse delegado de prender a sua ex-esposa seria uma ação em retaliação a decisão judicial que concedeu a guarda do filho do casal”. Por conta disto, a Assof ingressou com ação disciplinar e judicial contra ele e também pediu o afastamento de Rodrigo.

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De acordo com a nota, o delegado teria pedido à Polícia Militar, fora de serviço, a prisão em flagrante de uma mulher “pela pretensa prática do crime previsto no artigo 132 do Código Penal (Expor a vida ou à saúde de outrem a perigo direto ou iminente) pois, segundo ele, a condução por uma mãe de seu filho para a escola em uma motocicleta, se enquadraria neste crime”.
 
Porém, depois descobriu-se que a mulher seria Kelly de Souza Almeida, ex-esposa do delegado. “Comenta-se na região que o intento desse delegado de prender a sua ex-esposa seria uma ação em retaliação a decisão judicial que concedeu a guarda do filho do casal e pensão alimentícia a sua ex-esposa, em um processo de separação judicial. Certamente, por isso, sua investida, no mês entrevista coletiva, contra a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a chamada Lei Maria da Penha”.
 
O policial que atendeu a ocorrência não teria entendido que a mulher cometeu algum crime e adotou “procedimentos policiais que contrariam a vontade do Delegado Rodrigo”. Diante do exposto, a Assessoria Jurídica da Assof foi acionada e elaborou duas peças jurídicas contra a conduta do delegado, sendo uma representação administrativa para combater os atos de indisciplina praticados por ele e uma representação criminal para responsabilizá-lo pelos crimes de difamação e calunia.
 
A associação pede ainda que Diretoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso remova o delegado do município de Barra do Garça e região, por entender que a sua atuação policial ficara um tanto quanto comprometida em relação à atuação dos policiais militares que ali também estão lotados. Ao Olhar Direto a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que ele foi transferido a pedido antes mesmo do caso e que encontra-se em licença por conta de problemas de saúde.
 
“Por derradeiro, destacamos que atitudes como essa, protagonizada pelo servidor público em questão, só servem para trazer mais insegurança à sociedade mato-grossense que espera dos seus órgão policiais, uma atuação séria e justa contra marginais e delinquentes e, não, condutas tendenciosas, inconsequentes e eivadas de vício”, diz outro trecho da nota enviada à imprensa.
 
Outro lado

A assessoria da Polícia Civil informou ao Olhar Direto que as declarações tecidas pelo delegado não refletem a opinião da instituição. Reiterou que o trabalho realizado é conjunto e que as relações entre policiais militares e civis são harmoniosas. Ainda conforme a assessoria, a fala do delegado refletem, unicamente, sua opinião.

O delegado Rodrigo Santana, ainda de acordo com informações oficiais, se licenciou por três vezes ao longo do ano passado para tratamento de saúde e encontra-se gozando do benefício previsto em legislação. A pedido do delegado Rodrigo ele foi remanejado no ano de 2015 para a Diretoria Metropolitana. Ele foi lotado na Delegacia Especializada na Defesa do Adolescente (DEA), mas como encontra-se em licença médica, não desempenhou as funções inerentes a sua função na capital.  
 
Problemas com a esposa
 
Como noticiou o Olhar Direto em maio de 2012, o delegado foi acusado de agredir a mulher após uma discussão do casal. “Ele me agrediu depois me imobilizou e me jogou no chão. Ele chamou a Polícia Civil para evitar que a Polícia Militar fosse até o local e ele fosse preso por Maria da Penha", argumentou Kelly no dia do ocorrido. À reportagem, o delegado negou as agressões e alegou que estava sendo vítima de chantagem da esposa, que teria sido orientada por familiares e advogados para tentar prejudicá-lo.
 
Confira abaixo o vídeo com a denúncia do delegado:


 
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