Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Civil

PIRÂMIDE FINANCEIRA

Desembargador suspende inquérito policial que investigava divulgadores da Telexfree

Foto: TJAC

Desembargador Francisco Djama, do Tribunal de Justiça do Acre

Desembargador Francisco Djama, do Tribunal de Justiça do Acre

O desembargador Francisco Djalma, do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), determinou a suspensão de um inquérito policial que investigava ao menos cinco grandes divulgadores da empresa Telexfree naquele estado. O pedido foi feito pelos advogados empresa.

A polícia estava centrando suas investigações nos grandes divulgadores – responsáveis por angariar numerosos outros associados para a rede Telexfree. Ao menos cinco deles haviam sido ouvidos pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco). As investigações mostram que os investigados, de fato tiveram enriquecimento ilícito, segundo informações da Decco.

Tribunal de Justiça nega reconsideração e mantém suspensa Telexfree em todo o Brasil

Os sócios proprietários da Telexfree Carlos Costa, Carlos Wanzeler, Lyvia Wanzer e James Merry são investigados criminalmente no Espírito Santo (ES), onde a empresa mantém a sua sede. Nas últimas semanas, uma segunda investigação foi aberta para apurar eventuais crimes cometidos no Acre, a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MPAC).

Em ambos os inquéritos, são investigados delitos como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crime contra a economia popular – esse último, o tipo usado para punir quem monta pirâmides financeiras.

Justiça Federal decreta indisponibilidade de bens da empresa BBom e de seus proprietários

Os advogados da Telexfree alegaram que a lei impede que duas investigações semelhantes possam ser tocadas ao mesmo tempo, tese acatada pela Justiça.

A Telexfree está impedida de atuar em todo o país desde o dia 20 de junho, quando a juíza Thaís Khalil, titular da 2ª vara cível do Rio Branco, no Acre, que determinou a suspensão, pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa. A decisão vale para todo o Brasil e também exterior.

A medida cautelar foi proposta pela promotora de Justiça de Defesa do Consumidor do estado do Acre, Nicole Gonzalez. Ao Olhar Jurídico Gonzales explicou, que mesmo a decisão sendo no âmbito estadual, novos cadastros não poderão ser realizados em todo o país, já que a empresa terá que modificar seu sistema, de modo a não permitir novos cadastros através dos “back offices“.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet