Olhar Jurídico

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

Diretor da Petrobras nega existência de cartel para bancar propina na estatal

O atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou há pouco que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal, em depoimento. “Desconheço a existência disso. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca ouvi falar sobre cartel”, disse em resposta ao relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na estatal, deputado Marco Maia (PT-RS).

Cosenza acrescentou que nunca ouviu falar de propina na Petrobras. Em áudio do depoimento de Costa, liberado pela Justiça do Paraná e divulgado pela imprensa, Costa diz que havia um esquema de propina de 3% do valor dos contratos, percentual que era destinado, em parte, para atender a PT, PMDB e PP.

“Não mantive contato”, destacou o diretor, se teria mantido contato com Paulo Roberto Costa para manter o suposto esquema de corrupção dentro da empresa por intermédio do seu antecessor.

“Desde que assumi a diretoria da Petrobras, tive, no máximo, três telefonemas ao Paulo Roberto Costa”, comentou Cosenza. Ele também informou que se encontrou duas vezes pessoalmente com o ex-diretor. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse que a resposta de Cosenza mudou depois de ele ser lembrado que estava falando sob juramento e poderia responder judicialmente por eventuais mentiras.

Youssef e Argôlo
Cosenza negou conhecer o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). “Nunca estive nem com um nem com o outro. Nem os conheço pessoalmente.”

Outras reportagens mostram que a Polícia Federal interceptou, em setembro de 2013, troca de mensagens entre o Youssef - preso por suspeita de comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro - e Luiz Argôlo em que ambos mencionam o nome de José Carlos Cosenza e planejam agendar uma audiência entre o diretor e o doleiro.

A reunião da CPMI da Petrobras prossegue na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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