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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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OPERAÇÃO SODOMA

Emanuel Pinheiro nega que Silval tenha lhe procurado para manipular CPI

05 Fev 2016 - 10:36

Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva / Da Redação - Paulo Victor Fanaia

Foto: Reprodução

Emanuel Pinheiro nega que Silval tenha lhe procurado para manipular CPI
Em uma oitiva que durou menos de 15 minutos, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), prestou depoimento no Fórum de Cuiabá nesta sexta-feira (05), na ação oriunda da “Operação Sodoma”, que investiga um esquema para desvio de incentivos fiscais. No processo, são réus o ex-governador Silval Barbosa, e seus ex-secretários, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi. Emanuel Pinheiro, em juízo, afirmou que conversas que mantinha com Cursi eram de cunho informal e nega que Silval tenha o procurado para manipular a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal.

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Questionado em juízo, Emanuel Pinheiro nega interesse no desfecho do processo e afirma conhecer os réus, com excessão de Karla Cecília. A defesa de Silval, que o arrolou, faz perguntas e Pinheiro esclarece que é, de fato, membro da "CPI da Sonegação Fiscal", mas nega qualquer contato do ex-governador, no sentido de tentar manipulá-la.

A defesa de Pedro Nadaf faz questionamentos e o deputado nega qualquer contato com Nadaf no que tange interesse de influenciar a CPI. Pinheiro afirma que desconhece qualquer iniciativa de Nadaf no sentido de tentar influenciar qualquer outro deputado.

O MPE cita as mensagens trocadas por Marcel de Cursi com Emanuel Pinheiro e questiona sobre o tipo de contato travado entre ambos. Pinheiro esclarece que os contatos eram sobre conversas convencionais.

E assim, por volta de 10h10, concluiu sua participação como testemunha de defesa de Silval Barbosa. 

Ao final, os advogados das testemunhas Wellington Fagundes (PT) (comum a Silval e Nadaf) e Romoaldo Junior (PMDB) (pela defesa de Silval), conseguiram a dispensa para que eles não tenham que testemunhar hoje (05) no Fórum. 

Entenda o caso:

No processo relativo a Operação Sodoma, as investigações versam sobre uma suposta organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, por meio de fraudes em incentivos fiscais. Além do ex-governador Silval Barbosa, do ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi e do ex-secretário de Casa Civil, são réus no processo Silvio Cezar Corrêa Araúju, Francisco Andrade de Lima Filho e Karla Cecília de Oliveira Cintra.

Consta da investigação que a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas. A irregularidade foi confirmada pelo empresário João Batista Rosa, colaborador (inicialmente delator premiado) no caso e dono da Tractor Partes, que entregou irregularmente a quantia de R$ 2,6 milhões para obter incentivo.
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