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Ex-mulher de delator da Ararath afirma que esquema continua apesar das investigações

06 Mar 2015 - 15:48

Da Redação - Jardel P. Arruda e Arthur Santos da Silva

Foto: Olhar Direto / Arthur Santos Da Silva

Ex-mulher de delator da Ararath afirma que esquema continua apesar das investigações
A colunista social Karina Nogueira, ex-mulher do delator premiado da Operação Ararath Júnior Mendonça, afirmou que o esquema de crimes contra o sistema financeiro continua em funcionamento apesar das ações judiciais. Segundo ela, as próprias factorings do delator estão em atividades.

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“As factorings continuam operando. E eu acho incrível isso. Delator normalmente solto, ao menos é o que a gente vê nacionalmente na operação lava jato. Não tiraram o passaporte dele. Viajou final do ano para Aruba. O esquema continuam funcionando”, afirmou a colunista, na tarde desta sexta-feira (06), minutos antes de sua audiência.

Karina foi ouvida na 5ª Vara da Justiça Federal, perante o juiz Jeferson Schneider. Além de reafirmar todas as declarações contra o ex-marido, ela diz que dará novos detalhes sobre as operações criminosas dele. A intenção é provar o quanto ele estaria omitindo da Justiça em suas delações.

As declarações de Karina devem servir para desqualificar parte da delação de Júnior Mendonça. Em 2014, Eder solicitou para Justiça Federal a anulação dos depoimentos que prestou ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e adotou uma nova versão contraditória com a de Junior Mendonça. Eder chegou a propor uma acareação entre ambos para provar que falava a verdade.

Karina x Junior

A colunista social Karina Nogueira foi uma das principais testemunhas do Gaeco e da Polícia Federal antes de Gércio Marcelino Mendonça aceitar a proposta de delação premiada. Ela deu detalhes das atividades do ex-marido desde 2006, quando se separou dele após seis anos de relacionamento.

O romance acabou de maneira conturbada. Dois anos depois, Junior Mendonça foi alvo da operação “Madona”, cujo intuito era desarticular o cartel dos combustíveis em Mato Grosso. A ação resultou em um processo iniciado em 2011 contra 27 pessoas, entre eles Gércio Marcelino. Conforme as investigações do Gaeco, ele utilizava do poder econômico para pressionar os postos de combustíveis que não queriam participar do esquema.

Guilherme Maluf

Ao dizer que o esquema continuava a funcionar em MT, Nogueira chegou a citar o atual presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), como um dos atuais beneficiários do esquema. Em resposta, a assessoria de imprensa do parlamentar enviou a nota abaixo:

Em relação às declarações da colunista social Kharina Nogueira, durante depoimento na Justiça Federal, nesta sexta-feira (6), o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf, tem a informar que:

1 – Lamento as declarações da colunista social, uma vez que denúncias foram feitas sem a apresentação de nenhuma prova.

2 – Rechaço qualquer tipo de prática ilegal envolvendo meu nome com o empresário Júnior Mendonça ou em qualquer ato ilícito.

3 – A Assembleia Legislativa não possui em vigência, nenhum procedimento de contrato com as empresas de Júnior Mendonça.

4 – Os gastos com combustíveis da Assembleia Legislativa dos últimos anos estão sendo alvo de auditoria interna da Casa de Leis, desde o início da gestão da nova Mesa Diretora.

5 – A Assessoria Jurídica vai estudar se será tomada alguma medida com relação às declarações infundadas da colunista social.

6 – Me coloco a disposição da justiça e da sociedade mato-grossense para qualquer tipo de esclarecimento.

Deputado Guilherme Maluf

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