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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Favoráveis e contrários à eutanásia se dividem em enquete polêmica do TJ

Foto: Divulgação

Favoráveis e contrários à eutanásia se dividem em enquete polêmica do TJ
Uma enquete realizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso aponta que 46,17% dos internautas não são favoráveis à eutanásia, forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento. O percentual entre os que defendem e os que rejeitam a prática é de apenas 3,9 pontos.

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Com a pergunta “Quando o paciente não tem mais condições de tomar decisões, a família e os médicos podem desligar a máquina que o mantém vivo?”, 42,27% das pessoas responderam ser favoráveis à prática.

No total, foram computados 2.534 votos. Há ainda 11,56% que afirmam não ter opinião formada sobre o assunto.

Atualmente, no código penal brasileiro, a prática da eutanásia não é autorizada. Assim sendo, o médico que termina a vida de um paciente por compaixão comete o homicídio simples indicado no art. 121, sujeito a pena de 6 a 20 anos de reclusão. Isto porque o direito à vida é um direito considerado inviolável pela Constituição Federal. Apesar disso, este é uma tema de alta complexidade, que tem sido abordado pela comissão de juristas que trabalha em um novo Código Penal.

Apesar de algumas culturas aceitarem a eutanásia, a maior parte não admite essa atividade. No âmbito da religião, o Cristianismo e Judaísmo condenam a prática. Alguns códigos penais consideram a eutanásia como uma forma de homicídio, mas em alguns países como a Bélgica, Holanda e Suíça, a eutanásia é uma prática legal.

Os defensores da eutanásia argumentam que cada pessoa tem o direito à escolha entre viver ou morrer com dignidade quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade é de tal forma grave, que não compensa viver em sofrimento até que a morte chegue naturalmente. Quem condena a prática de eutanásia, utiliza frequentemente o argumento religioso de que só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico não deve interferir neste dom sagrado.
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