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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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João Emanuel se diz preso político e critica ‘rapidez’ da decisão do mandado de prisão

Foto: Katiana Pereira/Olhar Jurídico

João Emanuel se diz preso político e critica ‘rapidez’ da decisão do mandado de prisão
O vereador João Emanuel (PSD) afirmou há pouco, em entrevista coletiva concedida à imprensa, que foi vítima de uma prisão de cunho político. O parlamentar saiu na tarde desta sexta-feira (28) do Centro de Custódia de Cuiabá da Penitenciária Central do Estado após decisão favorável concedida pelo desembargador Gilberto Giraldelli. Emanuel estava preso desde quarta-feira (26).

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Um dos argumentos de Emanuel para desqualificar a decisão que determinou seu mandado de prisão, foi o tempo que o pedido do Ministério Público foi acatado, em apenas quatro minutos, para um pedido de 30 páginas.

“Causa estranheza a atitude do Gaeco porque nós sabemos que têm pessoas do Gaeco que têm pretensões políticas, então ficam usando a imprensa para me desmoralizar frente à sociedade”, afirmou o vereador, ao criticar a rapidez com que os desdobramentos da Operação Aprendiz são divulgados pelos veículos de comunicação.

“Tenho certeza que agora vão aparecer novas situações, novos fatos, tentativas do Ministério Público de dificultar meu acesso à imprensa e à tribuna”, completou, durante a entrevista concedida no escritório de seu advogado, Eduardo Mahon, em Cuiabá.

De acordo com Emanuel, o mandado de prisão não tinha sustentação legal. Ainda alegando ser um preso político, o vereador afirmou que sua rápida ascensão na política “incomodou”. Ele citou ser vereador de oposição com a possibilidade real de assumir a Prefeitura de Cuiabá, além de ter pessoas cotadas para concorrer nas eleições de outubro.

Por instrução de sua defesa, o advogado Eduardo Mahon, o vereador preferiu não comentar sobre os fatos imputados na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), que entre outros crimes, afirma que João Emanuel líder de uma quadrilha, composta por outras sete pessoas, destinada à prática de crimes de falsidade, estelionato, corrupção passiva, grilagem de terras e adulteração de documentos de veículos.

"Eu estive preso como qualquer preso comum e por isso eu não sei o que foi divulgado e qual o teor dessa denúncia.Quando foram até a minha casa me prender, com mais de 30 agentes, não levaram a denúncia apenas o mandado de prisão. Então, para mim esses fatos ainda são desconhecidos. Mas, afirmo que todas as transações que eu faço são passíveis de comprovação por meio da minha declaração de Imposto de Renda".

Pedido de prisão

O pedido de prisão do vereador foi requerido no âmbito da denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que concluiu as investigações iniciadas com a operação Aprendiz. João Emanuel foi preso na manhã de quarta-feira (26).

O vereador estava detido em uma cela do Centro de Custódia de Cuiabá, da Penitenciária Central do Estado. A denúncia afirma que o vereador João Emanuel é líder de uma quadrilha, composta por outras sete pessoas, destinada à prática de crimes de falsidade, estelionato, corrupção passiva, grilagem de terras e adulteração de documentos de veículos.

Segundo os promotores do Gaeco, mesmo após a deflagração da Operação Aprendiz, que desbaratou um esquema criminoso de desvio de dinheiro público, através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pelo Poder Legislativo Municipal em Cuiabá, a quadrilha continuou atuando, tendo João Emanuel como líder da organização criminosa.


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